Mudanças à vista no GPA (PCAR3)? Família Coelho Diniz aumenta participação e solicita eleição de novo conselho de administração.

Mudanças no Conselho de Administração do GPA

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), também conhecido como GPA, está prestes a passar por alterações em seu conselho de administração. Isso ocorre após a família Coelho Diniz aumentar sua participação para 24,6%, levando à solicitação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir a destituição da atual formação do conselho e a eleição de novos membros.

Motivação para a Mudança

Conforme um comunicado enviado ao mercado pela varejista na noite de domingo (24), a família justifica sua intenção de tornar a representatividade no conselho proporcional à sua participação societária. Isso será alcançado por meio da indicação de pessoas com qualificação técnica, alinhadas aos desafios da companhia.

Apoio do Conselho

A convocação da AGE recebeu apoio unânime dos membros do conselho de administração. Assim, o GPA procederá com a convocação, que incluirá não apenas a questão da composição do conselho, mas também a deliberação para a eleição de um membro e um suplente do conselho fiscal, em função de renúncias recentes.

Participação da Família Coelho Diniz

No mês de julho deste ano, a família Coelho Diniz já havia alcançado mais de 17% de participação no capital da holding que controla as redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra.

Assim, a família se torna a maior acionista do GPA, superando a empresa francesa Segisor, que possui pouco mais de 20% do capital. A Segisor se tornou acionista devido a uma reorganização societária promovida em 2015 pelo Casino, a antiga controladora do Grupo Pão de Açúcar.

Os membros da família Coelho Diniz incluem André Luiz Coelho Diniz, Alex Sandro Coelho Diniz, Fábio Coelho Diniz, Henrique Mulford Coelho Diniz, e Helton Coelho Diniz.

Atual Desempenho do GPA

No início deste mês, o GPA divulgou seu balanço referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25), registrando uma redução do prejuízo líquido consolidado para R$ 216 milhões, em comparação a uma perda de R$ 332 milhões no mesmo período do ano anterior.

A melhora no resultado foi impulsionada pelo desempenho operacional, especialmente devido ao deslocamento da Páscoa para o segundo trimestre deste ano. Contudo, o prejuízo ainda foi superior ao esperado pelo mercado, que estimava um número negativo em R$ 145 milhões.

Resultados Operacionais

Em termos de resultado operacional, com base no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, a companhia reportou R$ 420 milhões no segundo trimestre, representando uma alta de 6,1% em relação ao ano anterior, com uma expansão de 0,2 ponto percentual na margem, alcançando 9%.

Expectativas dos Analistas

Os analistas mostraram-se pouco otimistas com os resultados da companhia, que está enfrentando um processo de turnaround, ou seja, uma reestruturação de negócios. O BTG Pactual comentou em relatório que o GPA apresentou resultados considerados fracos no trimestre, apesar do desempenho operacional ligeiramente acima das expectativas, beneficiado por uma rentabilidade melhor do que a prevista. O banco também destacou que a empresa foi afetada por sua elevada alavancagem financeira, que continua a ser uma preocupação central.

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