No confronto entre a Pimco e a V.tal na Oi, até a Ambipar foi envolvida.

Acusações da V.tal contra a Pimco

A V.tal, uma empresa brasileira especializada em infraestrutura de telecomunicações, fez acusações contra a Pimco, que é uma das gestoras de ativos mais proeminentes do mundo. A V.tal afirma que a Pimco exerceu abuso de poder na Oi e, consequentemente, é corresponsável pela crise enfrentada pela telecomunicação, além da má gestão que culminou na condição pré-falimentar da companhia.

Conversão de Créditos em Ações

No final de 2024, a Pimco, que tinha se tornado a principal credora da Oi, decidiu converter seus créditos em ações da empresa. Esta ação resultou em uma participação que hoje representa quase 40% do capital social da Oi. Essa significativa participação em uma companhia com capital aberto e distribuído oferece à Pimco uma posição de controle que lhe confere a maioria dos votos nas assembleias realizadas pela empresa. Com essa autoridade de controle, a gestão da Pimco foi capaz de eleger um novo conselho de administração para a Oi, além de trocar a diretoria estatutária. Entre os indivíduos indicados pela Pimco, estavam profissionais da consultoria Padis Mattar e do banco de investimento Houlihan Lokey.

Menções a Outras Empresas

A situação se complicou ainda mais com um documento protocolado nesta quarta-feira, 15, que também mencionava a Ambipar, uma empresa que, segundo a V.tal, não possui relação direta com o assunto em questão. O documento destaca que a acionista controladora da Pimco, Allianz, recentemente contratou os mesmos assessores que estavam envolvidos em outro processo de recuperação judicial no Brasil. Esta informação, conforme afirmado pela V.tal, traz à tona coincidências que parecem ser mais do que simples relações profissionais.

Posição da V.tal sobre a Gestão da Oi

O documento assinado pelo escritório Galdino Advogados afirma: “A V.tal tomou ciência de que a acionista controladora da Pimco, Allianz, acabou de contratar o mesmo time de assessores para representá-la em mais um processo de recuperação judicial no Brasil.” A V.tal considera que essas coincidências são significativas. Afirmam ainda que “claramente, a Pimco não está incomodada com a maneira nem com os efeitos da assessoria que o Dr. Padis e a Houlihan Lokey vêm prestando à Oi”. Segundo a posição da V.tal, essa relação entre as partes ultrapassa os limites de uma conexão meramente profissional, podendo ser interpretada como uma dependência estratégica.

Além disso, o documento conclui que os acontecimentos relatados não deixam espaço para dúvidas sobre uma postura que não apenas é considerada omissa, mas também complacente em relação aos atos de má gestão cometidos pelo Conselho de Administração da Oi.

Fonte: veja.abril.com.br

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