Nova concorrente da Boeing e Airbus, a chinesa Comac adia entregas do avião C919 e revisa meta de produção para 2025.

Comac Atrasa Entregas do C919

A fabricante chinesa de aviões Comac enfrenta dificuldades em cumprir os prazos de entrega do seu modelo de avião comercial de fuselagem estreita, o C919. Os dados regulatórios provenientes das três companhias aéreas que operam essa aeronave indicam que a empresa está atrasando os compromissos estabelecidos anteriormente.

Expectativas de Entregas

As companhias aéreas China Eastern Airlines, Air China e China Southern haviam inicialmente programado a recepção de 32 unidades do C919 ao longo deste ano. Entretanto, até o mês de setembro, apenas cinco aeronaves haviam sido entregues pela Comac, conforme relatórios financeiros das empresas e informações de fontes como os sites ch-aviation e Flightradar24.

Revisão de Metas

De acordo com um relatório da Bloomberg, a Comac revisou sua própria meta de produção do C919, reduzindo-a para 25 unidades em 2023, uma diminuição significativa em relação ao objetivo anterior de 75 aeronaves. A fabricante não forneceu uma resposta imediata a um pedido de comentário sobre essa questão.

Declarações Anteriores

No início do ano, a Comac anunciou planos para entregar 30 unidades do C919 e almejava aumentar sua capacidade de produção anual para 50 aeronaves até 2025. No entanto, em março, a meta de produção foi elevada para 75, segundo informes da mídia na China.

Competição Internacional

A Comac visa competir em nível internacional com as principais fabricantes ocidentais de aeronaves, como Airbus e Boeing, que produzem significativamente mais jatos de corredor único das séries A320neo e 737 MAX mensalmente.

Desafios Enfrentados

Neste ano, a fabricante chinesa enfrentou um desafio inesperado devido à suspensão temporária das exportações dos motores CFM, utilizados no modelo C919, imposta pelos Estados Unidos entre junho e julho, em meio a crescentes tensões comerciais. Essa interrupção destaca uma vulnerabilidade no programa de construção de jatos da China, que depende da utilização de peças estrangeiras em componentes críticos de seus projetos.

Certificações e Clientes

O C919, até o presente momento, não possui certificações reconhecidas pelos principais órgãos reguladores de aviação do Ocidente, e seus pedidos foram restritos a clientes chineses, além de duas companhias aéreas localizadas em Brunei e Camboja, que são aliados próximos a Pequim.

Expectativas Futuras

A consultoria de aviação IBA comentou recentemente que as metas de produção do C919 definidas pela Comac são consideradas ambiciosas. Os analistas da IBA preveem um "crescimento mais comedido" da fabricante nos próximos anos, com a expectativa de que cerca de 18 unidades do C919 sejam entregues em 2025, aumentando para 25 em 2026 e aproximadamente 45 em 2027.

Encomendas das Companhias Aéreas

As companhias aéreas China Eastern, Air China e China Southern realizaram encomendas de 100 aeronaves cada uma, o que demonstra a confiança destas empresas no potencial do C919, apesar dos desafios enfrentados pela Comac até o momento.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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