O Bank of America vê ‘ponto de entrada atraente’ na Kenvue após controvérsia com o Tylenol resultar em desvalorização das ações.

Análise do Desempenho da Kenvue

Manutenção da Recomendações

O Bank of America mantém sua recomendação positiva para a Kenvue, considerando a recente queda das ações da empresa como uma oportunidade de compra para os investidores. A analista Anna Lizzul reiterou sua classificação de compra e o preço-alvo de US$ 25 para as ações, reforçando sua expectativa de que o ativo possui um potencial de valorização superior a 34%. Lizzul permanece otimista em relação às ações, destacando que a Kenvue está sendo negociada a um desconto em comparação com a média de empresas concorrentes no setor de cuidados pessoais e domésticos, como a Procter & Gamble.

Ajustes nas Expectativas

"Com a nova CEO e CFO, a Kenvue aproveitou a oportunidade para redefinir as expectativas durante os resultados financeiros em agosto. Observamos que sua nova previsão para 2025 é alcançável, embora as vendas orgânicas continuem em um nível negativo até 2025", afirmou Lizzul. A analista valoriza a Kenvue com um múltiplo de 13 vezes o EV/EBITDA projetado para 2026, o que representa um ágio em relação à sua valoração atual de 11 vezes.

Oportunidade de Compra

"Ao reiterar nossa classificação de Compra, acreditamos que o aumento do desconto representa um ponto de entrada particularmente atraente", enfatizou Lizzul.

Desempenho das Ações

As ações da Kenvue, que é uma empresa de saúde consumidora e fabrica medicamentos de venda livre, incluindo Tylenol e Motrin, além de possuir marcas como Band-Aid, Aveeno e Neutrogena, apresentaram uma queda de 12,8% desde o início do ano. Na última sexta-feira, as ações despencaram mais de 10% após o jornal The Wall Street Journal noticiar que o Secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., provavelmente associará o uso do Tylenol da Kenvue por mulheres grávidas ao autismo.

Relatório do HHS

O HHS (Departamento de Saúde e Serviços Humanos) planeja divulgar um relatório neste mês, sugerindo essa ligação, assim como outros potenciais fatores causais do autismo e sua tratativa. Lizzul sugeriu que o relatório não deverá ter um efeito material sobre as ações, relembrando aos investidores que a Kenvue já enfrentou potenciais litígios relacionados à ligação proposta em 2023. Na ocasião, a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos) sustentou suas descobertas mais recentes, as quais não conseguiram estabelecer uma relação causal entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o risco de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

Evidências Científicas

"Na ausência de evidências científicas adicionais, pode não haver suporte para estabelecer uma ligação causal sem outros causadores próximos, de acordo com um especialista em litígios de terceiros. A Kenvue mantém que o Tylenol é seguro quando utilizado de acordo com as orientações do rótulo", escreveu Lizzul em sua nota. As ações da Kenvue apresentaram uma leve alta nos pregões antes da abertura do mercado na segunda-feira.

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