O que acontece com o novo plano de cinco anos, conforme análise do UBS.

Desafios Futuramente Enfrentados pela China

A China deverá enfrentar uma série de desafios significativos nos próximos cinco anos. Segundo o relatório do UBS, o país se vê obrigado a lidar com tensões comerciais e restrições tecnológicas impostas pelos Estados Unidos, além de ter que enfrentar um mercado imobiliário em declínio e a baixa confiança do consumidor.

Novo Capítulo de Desenvolvimento

Analistas do banco UBS afirmam que “o país entra em um novo capítulo, com mais desafios do que há cinco anos”. Apesar de estar mais preparada para inovação, avanço tecnológico e melhora da cadeia produtiva, a China enfrenta complicações como tensões comerciais e restrições tecnológicas dos EUA, um mercado imobiliário em declínio, baixa confiança do consumidor, intensa competição, envelhecimento populacional e dificuldades na alocação eficiente de recursos.

15º Plano Quinquenal

Entre os dias 20 e 23 de outubro, o Comitê Central do Partido Comunista da China realizará sua sessão plenária, onde será apresentado o 15º Plano Quinquenal. Esse documento definirá as diretrizes para o desenvolvimento econômico e social do país para o período entre 2026 e 2030.

A versão final do plano será aprovada apenas em março de 2026, durante a Assembleia Popular Nacional. Conforme indicado pelo UBS, a expectativa é que o governo estabeleça uma meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais moderada, variando entre 4,5% e 5%, em comparação com o intervalo de 5,0% a 5,5% do plano anterior.

Objetivos de Longo Prazo

As metas de longo prazo da China incluem elevar o PIB per capita para US$ 14 mil em 2025, conforme estimativas do UBS. O objetivo é alcançar o nível de países moderadamente desenvolvidos até 2035, o que exigirá um crescimento robusto do PIB nominal e uma moeda estável ou valorizada. Qualquer menção clara a uma meta de crescimento do PIB nominal ou de inflação seria vista como uma surpresa positiva para o mercado, segundo a análise dos especialistas.

Crescimento de Alta Qualidade

O foco central da próxima década deve ser o crescimento de “alta qualidade”, que será impulsionado por inovação, aumentos de produtividade e investimentos em áreas estratégicas, como tecnologia e autossuficiência.

A meta de crescimento dos gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) deve se manter acima de 7% ao ano, passando de 2,7% do PIB em 2024 para 3,2% em 2030.

Reforço do Consumo e Medidas Econômicas

O novo plano também deverá reforçar a importância do consumo na economia, com a implementação de medidas voltadas para elevar a renda das famílias, ampliar a rede de proteção social, estimular o consumo de serviços e diminuir entraves burocráticos. O governo poderá ainda definir uma meta explícita para a participação do consumo no PIB, com a expectativa de elevar esse percentual para entre 58% e 60% até 2030, em comparação com 56,6% em 2024. Quando se considera apenas o consumo das famílias, a meta pode variar entre 43% e 45%, em comparação com 39,9% atualmente.

Abertura do Setor de Serviços

Nos próximos cinco anos, o UBS projeta que o setor de serviços na China terá um aumento no investimento estrangeiro, especialmente nas áreas de telecomunicações, saúde, educação, cuidados a idosos, cultura e turismo, esportes e finanças. Simultaneamente, o governo continuará a incentivar a internacionalização das empresas chinesas.

Compromissos Ambientais

Os analistas preveem que a China manterá sua ambiciosa meta de reduzir a intensidade das emissões de carbono, buscando aumentar para 25% a participação de energia não fóssil no consumo total, em comparação com 20% em 2024.

Além disso, o banco indica que a maioria das metas do 14º Plano Quinquenal deve ser alcançada, exceto aquelas relacionadas à descarbonização, que foram afetadas pelos impactos da pandemia e pela guerra comercial com os EUA.

A China tem enfrentado uma prolongada crise no mercado imobiliário nos últimos cinco anos, com um forte processo de desalavancagem das incorporadoras. O país iniciou um programa de troca de dívidas de RMB 10 trilhões das Equipas de Financiamento do Governo Local (LGFVs) e acelerou sua estratégia de abertura após a pandemia de Covid-19.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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