Resultados Preliminares das Construtoras
As construtoras Cyrela (CYRE3), Cury (CURY3) e Plano & Plano (PLPL3) divulgaram, na noite de ontem, dia 9, suas prévias operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2025 (3T25). O mercado já começou a reagir aos números apresentados.
Analistas destacam a performance consistente das empresas voltadas para o segmento de média e baixa renda, embora também mencionem sinais de moderação em alguns indicadores.
Cyrela
No caso da Cyrela, o BTG Pactual avaliou que os resultados obtidos foram sólidos e alinhados com as estimativas otimistas da instituição, com um desempenho saudável percebido em todos os segmentos da empresa. O banco manteve a recomendação de compra para as ações de código CYRE3, apontando um preço-alvo de R$ 32, o que indica um potencial de valorização de aproximadamente 9,6% em relação à cotação atual, que é de R$ 29,20.
Entre julho e setembro, as vendas líquidas da Cyrela totalizaram R$ 3,55 bilhões, representando uma alta anual de 11%. Essa quantia está distribuída da seguinte maneira:
- R$ 2,16 bilhões no segmento de alta renda;
- R$ 423 milhões na média renda;
- R$ 960 milhões em baixa renda.
Durante o terceiro trimestre, a empresa lançou 18 projetos, totalizando R$ 5,05 bilhões, valor que supera em 3% a projeção prevista pelo BTG. Segundo o banco, esses números ressaltam a capacidade da companhia de navegar em um cenário macroeconômico desafiador, apoiada por sua operação diversificada.
O BTG aponta que isso indica que a demanda por novos produtos da Cyrela continua saudável, mesmo diante de um ambiente econômico complicado, especialmente no segmento de média e alta renda.
Cury
Referente à Cury, a equipe do Itaú BBA destacou a "robusta" geração de fluxo de caixa livre (FCF), que alcançou R$ 233 milhões no 3T25. A avaliação da instituição é que a empresa teve um desempenho operacional forte, com lançamentos e vendas que mostraram crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O Itaú BBA mencionou que a execução da Cury tem sido impecável ao longo dos anos, prevendo um aumento nos lucros. Durante o terceiro trimestre, a construtora lançou nove projetos, com um valor potencial de vendas de R$ 1,99 bilhão, alinhado com as expectativas do Itaú BBA, e vendeu 52% desses empreendimentos na mesma época.
Diante desse cenário, o banco considera que as ações CURY3 são atrativas, sendo negociadas a 6,8 vezes o P/L ajustado para 2026. A recomendação de compra é mantida, com um preço-alvo estabelecido em R$ 43.
Plano & Plano
Quanto à Plano & Plano, o BTG Pactual fez uma avaliação geral de que os números foram sólidos, especialmente em relação aos lançamentos que superaram as expectativas do banco, embora as vendas tenham ficado ligeiramente abaixo do que era esperado.
Os analistas do BTG afirmaram que a velocidade das vendas e a geração de caixa devem se recuperar no quarto trimestre (4T25), sustentando o momento favorável da empresa no segundo semestre de 2025.
Apesar disso, a análise da instituição continua otimista em relação ao segmento de baixa renda e sobre as ações PLPL3, que estão sendo negociadas a um P/L de 2026 de 5 vezes, considerado "atrativo". O banco também confirmou a recomendação de compra para essas ações, estabelecendo um preço-alvo de R$ 23, o que sugere um potencial de valorização de cerca de 21%.
No 3T25, a Plano & Plano lançou nove projetos, totalizando um valor geral de vendas (VGV) recorde de R$ 2,14 bilhões, representando um aumento anual de 99% e 45% acima da estimativa do BTG.
Além disso, a construtora reportou uma geração de caixa de R$ 109 milhões, impulsionada por R$ 138 milhões em vendas de recebíveis. Sem esse efeito, o consumo de caixa “recorrente” teria sido de R$ 29 milhões. As vendas brutas atingiram R$ 1,1 bilhão, apresentando uma queda anual de 20%. Em decorrência disso, os cancelamentos somaram R$ 91 milhões, resultando em vendas líquidas de R$ 1,02 bilhão, valor que está 9% abaixo da estimativa da casa.
Fonte: www.moneytimes.com.br