Oi (OIBR3) divulga a saída de diretores e os novos nomes para o comitê de transição; confiram.

Renúncias na Diretoria da Oi

A Oi (OIBR3) comunicou ao mercado que recebeu cartas de renúncia de membros da sua diretoria, com efeitos a partir de 30 de setembro. Essa informação se dá no contexto da intervenção judicial que ocorreu na recuperação judicial (RJ) da empresa, a qual resultou no afastamento da diretoria e na suspensão das obrigações extraconcursais da Oi, por um período de 30 dias. Ademais, o gestor judicial da Oi nomeou um comitê de transição.

Recurso Judiciário Ineficaz

Em uma tentativa de não encerrar as atividades, a Oi ingressou com um agravo de instrumento contra a decisão judicial da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, buscando suspender as medidas impostas. Contudo, o pedido foi negado.

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Contexto das Renúncias

De acordo com um fato relevante divulgado na noite de quarta-feira (8), as cartas de renúncias foram apresentadas pelos seguintes membros:

  • Marcelo Milliet, que ocupava os cargos de CEO e diretor de relação com investidores, além de ser membro efetivo do conselho de administração da Oi e administrador em sociedades controladas e coligadas;
  • Rodrigo Caldas Toledo Aguiar, que atuava como CFO da Oi e administrador em sociedades controladas e coligadas;
  • Paul Murray Keglevic, Scott David Vogel, Paul Stewart Aronzon, Francisco Roman Lamas Mendez-Villamil e Renato Carvalho Franco, todos membros efetivos do Conselho de Administração da Oi.

O gestor judicial, Bruno Rezende, que foi designado pela Justiça para supervisionar as operações da empresa que implicam oneração ou alienação de seu patrimônio, indicou Fábio Wagner, André Tavares Paradizi, Gustavo Roberto Brambila e Marcelo Augusto Leite de Moraes para compor o comitê de transição da Oi.

Possibilidade de Falência

A decisão do Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro representa uma antecipação parcial da falência da Oi. Embora o estado de falência não tenha sido imediatamente decretado, as decisões proferidas pela Justiça refletem uma antecipação do processo falimentar.

Justificativas para a Decisão Judicial

O advogado especializado em falências, Charles Hanna Nasrallah, esclarece que a juíza levou em conta a importância dos serviços prestados pela Oi, com destaque para os contratos públicos. Assim, ela optou por antecipar os efeitos da falência, estabelecendo um prazo de 30 dias para que a transferência desses serviços ocorra de maneira adequada, antes que a situação da telecomunicação tenha uma definição final.

A Oi enfrenta dificuldades financeiras há anos e, mesmo com a venda de ativos, não obteve sucesso em sua recuperação. As ações da empresa caíram abaixo de R$ 1. Vale salientar que esta é a segunda vez que a Oi passa por um processo de recuperação judicial.

Resultados Financeiros Recentes

No segundo trimestre deste ano, a Oi reportou um prejuízo líquido de R$ 835 milhões, marcando uma reviravolta significativa em relação ao lucro de R$ 15 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior, quando houve um ganho devido a fatores contábeis.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia é negativo, totalizando R$ 91 milhões, representando uma perda 8,6% maior do que a observada no mesmo trimestre de 2024.

Dívida e Fluxo de Caixa

A dívida líquida da Oi aumentou para R$ 10 bilhões, um crescimento de 50,9% em comparação ao segundo trimestre de 2024. O caixa disponível ao final do trimestre foi de R$ 1,1 bilhão, indicando uma queda de 39,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o fluxo de caixa da empresa foi negativo, somando R$ 139 milhões.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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