Rejeição da Proposta de Reestruturação
A Oncoclínicas (código ONCO3) optou por rejeitar a proposta de reestruturação financeira apresentada pela Starboard Asset, de acordo com fato relevante divulgado ao mercado na noite de terça-feira, 17 de setembro.
Pressões Financeiras
Apesar de estar enfrentando desafios financeiros, como prejuízos significativos, alta queima de caixa e elevado nível de alavancagem — que poderiam tornar um suporte financeiro desejável —, a conclusão do conselho é que os termos apresentados não são benéficos para os acionistas. O documento revela que a decisão sobre a “proposta não solicitada” foi tomada pelo conselho de administração, após consulta a assessores jurídicos e financeiros, levando em conta principalmente três aspectos: a ausência de um preço indicado, o elevado risco de execução e a informação de que a Starboard estava disposta a adquirir dívida da empresa por apenas 50% do seu valor nominal.
A companhia enfatiza que essa proposta de aquisição da dívida implica um desconto considerável em relação ao valor médio pelo qual a dívida da Oncoclínicas está sendo atualmente negociada.
“Dessa forma, o conselho de administração da companhia, com o auxílio de seus assessores, decidiu rejeitar a proposta da Starboard, registrando que ainda assim avaliará futuras propostas que possam agregar valor à companhia e a seus acionistas, em conformidade com seus deveres fiduciários”, conforme consta no documento.
Medidas de Aprimoramento da Estrutura de Capital
A administração da Oncoclínicas assegura que continuará implementando medidas para melhorar sua estrutura de capital e otimizar sua posição estratégica, alinhando-se às condições de mercado e aos objetivos de longo prazo. Nesse contexto, a Oncoclínicas anunciou em seu comunicado que está em negociações para a rescisão ou renegociação de contratos que impliquem compromissos futuros de desembolso de capital, além de considerar a venda de sua participação em ativos e projetos classificados como “non core”.
Aumento de Capital da Oncoclínicas
Adotando medidas para fortalecer sua estrutura de capital, a Oncoclínicas também informou no fato relevante sobre o avanço em seu aumento de capital. Essa operação foi aprovada pelo conselho de administração e será submetida à deliberação na Assembleia Geral Extraordinária, agendada para 8 de outubro de 2025.
O aumento de capital visa injetar até R$ 2 bilhões na companhia, por meio da subscrição privada de até 666.666.667 novas ações, com o preço de emissão fixado em R$ 3 por ação. A Oncoclínicas estabeleceu um valor mínimo de R$ 1 bilhão para a homologação deste aumento de capital.
Além disso, será oferecido um bônus de subscrição como benefício adicional para os compradores, num relacionamento de um bônus de subscrição para cada nova ação adquirida. Os bônus de subscrição permitirão que, no futuro, seus detentores adquiram uma ação ordinária pelo preço de exercício de R$ 3.