Petróleo apresenta leve alta nesta quinta-feira (30/10), impulsionando setor de exploração mesmo em meio ao excesso de oferta global.

Mercado de Petróleo: Performance da Quinta-feira

WTI e Brent: Movimentações no Preço

O mercado de petróleo iniciou a quinta-feira, 30 de outubro, com um leve otimismo, apresentando preços em torno de US$ 60,13 para o WTI e US$ 64,00 para o Brent. Esses valores refletem sinais de melhoria nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que podem impulsionar a demanda global por petróleo. Apesar de uma certa cautela com as projeções de sobreprodução (oversupply) da Agência Internacional de Energia (IEA), que estima um excesso de 2,35 milhões de barris por dia até 2025, o setor de exploração de petróleo mostrou resiliência. As grandes empresas do setor, como ExxonMobil e Chevron, estão priorizando a eficiência operacional para lidar com a volatilidade dos preços.

O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) para dezembro fechou em US$ 60,17, depois de abrir a negociação a US$ 60,13, atingindo uma máxima de US$ 60,68 e uma mínima de US$ 59,55, resultando em uma variação absoluta de +US$ 0,02, que corresponde a uma alta de 0,04%. O Brent (CCOM:OILBRENT), referência mundial, encerrou a sessão a US$ 64,04, tendo uma abertura de US$ 64,00, com máxima de US$ 64,48 e mínima de US$ 63,51, resultando em uma variação de +US$ 0,18, correspondente a um aumento de 0,29%. Esses incrementos, embora modestos, fazem parte da continuidade da recuperação observada na véspera, embora os preços ainda estejam abaixo da marca de US$ 65, pressionados pela queda de 6,858 milhões de barris nos estoques dos EUA, uma redução que superou a expectativa de uma diminuição de apenas 200 mil barris.

Desempenho da Petrobras e do Setor Petrolífero no Brasil

No Brasil, a Petrobras (BOV:PETR3) e (BOV:PETR4) sofreram um impacto misto, conforme os dados do dia: as ações PETR3 fecharam a R$ 31,63, apresentando uma queda de 0,97%, o que representa uma variação de -R$ 0,31, e um volume de 9,66 milhões de ações negociadas. Já as ações PETR4 encerraram o dia a R$ 29,92, com uma diminuição de 0,33%, equivalente a -R$ 0,10, contabilizando um volume de 22,59 milhões de papéis. Na Bolsa de Nova York (NYSE), as ações PBR fecharam a US$ 11,75, sofrendo uma queda de 1,09%, o que significa uma variação de -US$ 0,13, enquanto PBR.A encerrou a sessão a US$ 11,10, com uma queda de 0,89% e -US$ 0,10 na variação. A Petrobras, que se posiciona como a sétima maior produtora mundial de petróleo devido às descobertas do pré-sal, enfrenta uma volatilidade particular, principalmente pela expectativa de não distribuição de dividendos extraordinários em 2025 e pela pressão dos preços do aço na China. Contudo, foi autorizada pelo Ibama a realizar perfurações na Margem Equatorial, o que representa um avanço estratégico, especialmente após anos de disputas e incertezas.

Outras Empresas de Exploração de Petróleo na B3

Na B3, outras empresas de exploração de petróleo também apresentaram oscilações em seus preços. A PetroRio (BOV:PRIO3) fechou a R$ 35,77, com uma variação negativa de 0,64%, contabilizando -R$ 0,23, após ter se beneficiado da retomada da produção no Campo de Peregrino, que havia enfrentado uma interdição imposta pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A Brava Energia (BOV:BRAV3) viu suas ações subirem para R$ 14,57, apresentando um aumento de 0,76% e variação positiva de +R$ 0,11, enquanto a PetroReconcavo (BOV:RECV3) manteve-se praticamente estável, terminando o dia a R$ 12,39, com uma leve diminuição de 0,08%, o que corresponde a -R$ 0,01. Notavelmente, a Pet Manguinhos (BOV:RPMG3) destacou-se com uma alta de 6,22% e uma variação de +R$ 0,13, impulsionada por expectativas otimistas sobre vendas no terceiro trimestre de 2025.

Desempenho das Gigantes Estrangeiras da Exploração de Petróleo

Nos Estados Unidos, grandes empresas de exploração, como ExxonMobil (NYSE:XOM), apresentaram uma queda em suas ações, finalizando o dia a US$ 114,95, uma diminuição de 1,28% e variação de -US$ 1,49. A Chevron (NYSE:CVX) terminou a US$ 153,10, com uma queda de 1,29%, equivalente a -US$ 2,00, enquanto a ConocoPhillips (NYSE:COP) registrou uma leve alta, encerrando a US$ 88,14, com uma variação de +0,07% e +US$ 0,06. Apesar das quedas nas ações dessas gigantes, o setor upstream reportou lucros combinados de US$ 29 bilhões no trimestre. Exxon e Chevron estão concentradas em estratégias de crescimento da produção para os anos de 2025 a 2026, mesmo diante de uma queda nos preços do petróleo e da crescente oferta do grupo OPEP+.

Mercado Internacional de Petróleo

No cenário internacional, a Shell (LSE:SHEL) encerrou suas operações na London Stock Exchange (LSE) a £2.883,00, apresentando um aumento de 0,26%, com uma variação de +£7,50. Na NYSE, suas ações finalizaram o dia a US$ 74,73, em queda de 1,09% e variação de -US$ 0,82. A TotalEnergies (EU:TTE) teve uma diminuição de seu valor para €53,64 na Euronext, resultando em uma queda de 0,92%, com uma variação de -€0,50, e na NYSE, as ações fecharam a US$ 61,64, com uma diminuição de 0,93% e variação de -US$ 0,58. Por sua vez, a Equinor (OSE:EQNR) terminou na NYSE a US$ 23,99, o que representa uma queda de 0,72% e uma variação de -US$ 0,17, impactada pela redução de 60% no lucro do terceiro trimestre de 2025, que foi influenciada pelos preços baixos, embora a empresa tenha realizado arremates em blocos da Bacia de Campos.

Fatores que Influenciam os Preços do Petróleo nesta Quinta-feira

  • Petróleo: Os estoques nos Estados Unidos caíram em 6,858 milhões de barris, superior à expectativa de uma diminuição de 200 mil barris, sinalizando uma demanda robusta. A melhoria nas relações entre os EUA e a China impulsiona o otimismo, apesar da previsão da IEA de oversupply de 2,35 milhões de barris por dia até 2025.
  • Petrobras: A Petrobras reportou um lucro no segundo trimestre de 2025 de R$ 26,7 bilhões, uma queda de 24,3% em relação ao período anterior. A falta de dividendos extraordinários em 2025 pressiona as ações da empresa, embora a recente aprovação do Ibama para exploração na Margem Equatorial traga perspectivas mais otimistas.
  • Setor Upstream: As grandes empresas do setor reportam lucros trimestrais que somam US$ 29 bilhões. O foco está na produção de baixo custo, com o breakeven da ExxonMobil projetado para US$ 30 por barril até 2030, enquanto a OPEP+ planeja aumentar a oferta para conter os preços.

O setor de petróleo continua a moldar o mercado brasileiro, e a B3 permanece sensível às flutuações globais que impactam diretamente a Petrobras e seus pares, como a PetroRio. Para acompanhar essa volatilidade e as mudanças no cenário, é essencial monitorar as atualizações em tempo real na Central de Commodities da -.

Fonte: br.-.com

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