Volatilidade domina o mercado de petróleo com sanções à Rússia e recordes de produção nos EUA
A última semana de outubro de 2025, compreendida entre segunda-feira (27/10) e sexta-feira (31/10), foi marcada por uma grande instabilidade nos preços do petróleo, movimentando-se entre a preocupação com um possível excesso de oferta global e tensões geopolíticas. Na segunda-feira (27/10), tanto o Brent (CCOM:OILBRENT) quanto o WTI (CCOM:OILCRUDE) apresentaram uma leve tendência de queda, com o Brent em torno de US$ 64,90 por barril e o WTI a US$ 61,31. Essa situação refletia o receio em relação à produção recorde nos Estados Unidos, que atingiu 13,6 milhões de barris por dia, além de ajustes modestos realizados pela OPEP+.
Movimentações semanais
Na terça-feira (28/10), os preços dos barris de petróleo sofreram uma queda mais significativa, devido a dados de estoques nos EUA que não surpreenderam o mercado. O Brent caiu para US$ 63,83, uma diminuição de 1,65%, enquanto o WTI foi para US$ 60,15, registrando uma queda de 1,89%. Rumores sobre possíveis sanções adicionais à Rússia estavam presentes no cenário. Na quarta-feira (29/10), houve uma leve recuperação, com a redução nos estoques americanos elevando o Brent para US$ 64,32 (+0,77%) e o WTI para US$ 60,48 (+0,55%). Já na quinta-feira (30/10), os preços se mantiveram estáveis, com o Brent a US$ 64,37 (+0,08%) e o WTI a US$ 60,57 (+0,15%), enquanto o mercado aguardava a reunião da OPEP+ e as negações referentes a ataques à Venezuela.
Por fim, na sexta-feira (31/10), uma breve euforia impulsionada pelas tensões entre EUA e Venezuela resultou em ganhos finais, encerrando o Brent a US$ 64,77 (+0,62%) e o WTI a US$ 60,98 (+0,68%). Entretanto, o mês foi finalizado com perdas acumuladas de cerca de 3% para ambos os índices.
O Brent terminou a semana praticamente inalterado, variando entre US$ 64,90 e US$ 64,77, enquanto o WTI obteve um ganho modesto de 0,34%, subindo de US$ 61,31 para US$ 60,98, após uma correção nos valores de fechamento. Este cenário se deu em um contexto de oferta abundante, equilibrada por sanções americanas a grandes empresas russas como a Rosneft e a Lukoil, que reduziram preocupações sobre um superávit imediato no mercado.
Impacto no mercado brasileiro
No Brasil, essa volatilidade teve reflexos nas ações das petroleiras, com a Petrobras ON (BOV:PETR3) caindo 1,56% e a PN (BOV:PETR4) 1,65%. Essas quedas se alinham à estabilidade global, mas foram acentuadas pela diminuição de 1,7% no preço do gás natural e pela produção recorde de 1 milhão de barris por dia no campo de Búzios, cujo anúncio ocorreu na terça-feira. Globalmente, a Exxon Mobil (NYSE:XOM) recuou 1,39%, enquanto a Chevron (NYSE:CVX) subiu 0,71%, mostrando resiliência entre as principais empresas americanas. Do lado brasileiro, as ações da PetroRio (BOV:PRIO3) e da PetroReconcavo (BOV:RECV3) também caíram, seguindo a tendência da Petrobras, o que destaca a sensibilidade local às oscilações nas commodities.
Desempenho das gigantes do petróleo
Dentre as principais companhias petrolíferas mundiais, os melhores desempenhos foram da Chevron (NYSE:CVX), que subiu 0,71%, impulsionada por eficiência na exploração de óleo de xisto e por seus atrativos dividendos, e da Shell (NYSE:SHEL), que também avançou 0,71%. Esta última, apesar da pressão das sanções russas, se beneficiou de um forte desempenho em gás natural liquefeito (GNL). A TotalEnergies (NYSE:TTE) teve um aumento de 0,65%, equilibrando perdas em suas operações de upstream com um foco em fontes renováveis.
Já entre as piores performances, a Equinor ASA (NYSE:EQNR) registrou uma queda de 2,16%, afetada por cortes na produção na Noruega e pela pressão de um Brent estável. A Petrobras ADR (NYSE:PBR) teve queda de 2,26%, refletindo o ajuste da situação no Brasil. Outras empresas como a Exxon Mobil (NYSE:XOM) e a ConocoPhillips (NYSE:COP) também registraram perdas, com estoques elevados nos EUA impactando suas margens.
Para aqueles que desejam acompanhar o desempenho diário, semanal, mensal e anual das empresas que compõem o Ibovespa, existe a ferramenta Monitor Performance -, que é especialmente útil para investidores em busca de identificar rapidamente tendências e oportunidades.
Comparação internacional das ações da Petrobras
Observando o contexto brasileiro, as ações da Petrobras na B3 se destacam como as âncoras do setor, mas com um desempenho inferior à média global. As ações da Petrobras ON (BOV:PETR3) caíram 1,56% e as da PN (BOV:PETR4) caíram 1,65%, apresentando um desempenho pior em comparação a rivais locais, como a PetroRio ON (BOV:PRIO3) que caiu 2,54%, e a PetroReconcavo ON (BOV:RECV3) que recuou 1,51%. Outras empresas como a Brava Energia ON (BOV:BRAV3) e a Pet Manguinhos ON (BOV:RPMG3) também tiveram resultados negativos, refletindo uma semana de correção no setor, apesar do otimismo gerado pela produção recorde em Búzios.
Em relação ao desempenho internacional, as ADRs da Petrobras na NYSE mostraram resultados inferiores em comparação com suas concorrentes globais: as ações PBR (NYSE:PBR) tiveram uma queda de 2,26% enquanto PBR.A (NYSE:PBR.A) caiu 1,86%. Essas ações apresentaram um desempenho menos favorável que a Chevron (NYSE:CVX), que subiu 0,71%, e a Shell ADR (NYSE:SHEL), com a mesma alta. No entanto, as ADRs da Petrobras conseguiram superar a Equinor (NYSE:EQNR), que caiu 2,16%, e a ConocoPhillips (NYSE:COP), que registrou uma baixa de 1,78%. Além disso, a Exxon Mobil (NYSE:XOM) caiu 1,39%, enquanto a TotalEnergies ADR (NYSE:TTE) teve uma leve alta de 0,65%, evidenciando que o risco associado ao Brasil, incluindo sanções e questões regulatórias, superou os efeitos positivos da produção recorde local.
Características do setor petrolífero brasileiro
No Brasil, o setor petrolífero é amplamente dominado pela Petrobras, que possui ações ON (BOV:PETR3) e PN (BOV:PETR4). A estatal é integrada com atividades de exploração de petróleo em pré-sal (como em Búzios, que já atinge 1 milhão de barris por dia), refino em sua Refinaria Abreu e Lima, e distribuição através da BR, incluindo exportação de diesel e óleo. A empresa opera globalmente através de joint ventures na África.
Outras companhias no setor incluem a Brava Energia ON (BOV:BRAV3), que concentra-se em ativos maduros offshore, oferecendo serviços de exploração e produção; a PetroReconcavo ON (BOV:RECV3), que é especializada em campos onshore na Bahia; e a PetroRio ON (BOV:PRIO3), que explora blocos maduros. Existe também a Pet Manguinhos ON (BOV:RPMG3), que produz lubrificantes especiais para aviação e combustíveis, atuando no mercado interno e destinando-se também à exportação para a América Latina. Tais empresas compõem um ecossistema diversificado, mas que se mostra sensível a oscilações globais, semelhantes às observadas na semana em questão.
A análise apresentada foi elaborada pela ferramenta AI – – Intelligence. Esta plataforma é reconhecida como uma das principais fornecedoras de análise financeira e pesquisa, utilizando Inteligência Artificial como recurso para oferecer insights no mercado.
Fonte: br.-.com