Plano de voo é manter a Selic em 15% por um período prolongado, mas cortes não estão fora de discussão, afirma economista-chefe da Galapagos.

Manutenção da Selic pelo Banco Central

O Banco Central do Brasil reiterou sua estratégia de manter a taxa Selic em níveis elevados por um período prolongado. Essa afirmação foi feita pela economista-chefe da Galapagos, Tatiana Pinheiro, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir, em reunião realizada na última quarta-feira, dia 17, manter a taxa em 15%.

Justificativa para a Manutenção da Taxa

A decisão reflete a avaliação de que a manutenção da taxa de juros é essencial para garantir que a inflação convirja para a meta estabelecida e para controlar a atividade econômica. Em uma entrevista ao portal Money Times, Pinheiro ressaltou que a comunicação do Copom mantém um tom firme, semelhante ao adotado na reunião anterior.

Sinalização de Política Monetária

O Copom reiterou a importância de um “patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado” e a possibilidade de “retomar o ciclo de ajuste”. Essa comunicação consolidou a percepção de que não haverá cortes imediatos na taxa. Pinheiro comentou: “Enquanto o Banco Central mantiver essa sinalização dura, a expectativa do mercado com relação ao corte de juros estende-se.”

Ela observou que as futuras alterações na taxa de juros dependerão do desenrolar do cenário econômico e que o Copom indicou que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados”.

Expectativas para o Futuro

A expectativa da Galapagos é de que os cortes na taxa de juros comecem em dezembro deste ano. Pinheiro prevê um aumento do esfriamento da atividade econômica nos próximos meses e uma apreciação do câmbio, o que poderia contribuir para a diminuição da taxa atual. “Com isso, os 9,5% de taxa de juros não serão mais necessários”, disse a economista. Ela acrescentou que o Banco Central discutirá, no final do ano, qual o grau de aperto monetário que ainda será necessário.

Influências Internacionais e Fiscais

Pinheiro ainda destacou que o cenário econômico internacional, especialmente com possíveis cortes de juros nos Estados Unidos, pode influenciar a flexibilização da política monetária local. No entanto, ela sublinhou que essa não é a única variável a ser considerada. O fator mais relevante continua sendo a trajetória da inflação, que, apesar de estar em queda, ainda precisa ser consolidada. Também, a política fiscal mais contida no Brasil colabora para criar um ambiente propício para o ajuste econômico.

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