Preços do petróleo registram leve queda após aumentos anteriores em meio a tensões globais.

Na manhã de quinta-feira, 11 de setembro de 2025, os preços do petróleo apresentaram uma leve queda após fortes oscilações nos dias anteriores, que haviam sido impulsionadas por crescentes tensões geopolíticas na Rússia e no Oriente Médio. Essas tensões geraram preocupações em relação a possíveis interrupções no fornecimento do recurso.

Apesar da valorização dos preços ao longo da semana, os traders mostraram-se cautelosos, uma vez que surgiram temores de um eventual excesso de oferta no mercado. Dados provenientes dos Estados Unidos indicaram um aumento inesperado de 3,93 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto, o que intensificou essas preocupações.

No horário de 6h57 (horário de Brasília), o preço do petróleo Brent para entrega em novembro recuava 0,28%, sendo negociado a US$ 67,30 por barril. O West Texas Intermediate, referente a outubro, apresentou uma queda de 0,38%, alcançando US$ 63,43 por barril.

Um fortalecimento do dólar americano, registrado após um índice de preços ao produtor que ficou abaixo das expectativas, proporcionou um certo suporte aos preços do petróleo. A expectativa agora se volta para os próximos dados relacionados ao índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos.

Tensões Geopolíticas Impulsionam os Preços

As crescentes apreensões em relação ao abastecimento de petróleo na Rússia e no Oriente Médio foram fatores cruciais que ajudaram a manter os preços elevados no começo da semana. Na Europa, a Polônia derrubou drones russos que estavam sobrevoando seu espaço aéreo, durante um ataque na Ucrânia Ocidental. Esse incidente marca a primeira intervenção da OTAN no prolongado conflito. Embora essa ação tenha gerado preocupações sobre uma possível escalada do conflito, Moscou declarou que o episódio não ocorreu de forma intencional e manifestou abertura para dialogar com a Polônia sobre o ocorrido.

No Oriente Médio, Israel executou ataques aéreos contra alvos do Hamas localizados em Doha, no Catar, um país que é aliado dos Estados Unidos, o que pode afetar as negociações de paz em andamento. Esses ataques provocaram um aumento inicial de 2% nos preços do petróleo, embora os ganhos tenham sido ajustados posteriormente. Além disso, a expectativa de sanções mais severas dos Estados Unidos contra o petróleo russo, juntamente com os apelos do presidente Trump por tarifas comerciais direcionadas à Índia e à China, também impactou positivamente os preços.

A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, mais alguns países aliados) contribuiu para a percepção de um mercado mais apertado, ao anunciar um aumento na produção abaixo das expectativas para outubro. Essa notícia sugere uma oferta que pode se revelar mais restringida do que os comerciantes previamente previam.

Preocupações com Excesso de Oferta Limita Ganhos Futuros

Entretanto, as preocupações com um potencial excesso de oferta global limitaram os ganhos adicionais dos preços. A Rússia e a China seguem ampliando seu comércio de energia, enquanto a Índia não indica sinais de diminuição nas importações de petróleo bruto russo. Nos Estados Unidos, a demanda tem recuado após o pico da temporada de viagens de verão, resultando em um aumento acentuado nos estoques de gasolina e destilados.

A produção robusta nos Estados Unidos também intensificou a pressão sobre a oferta global, levando a um aumento da cautela entre os comerciantes e contribuindo para uma perspectiva mais equilibrada nos mercados de petróleo, mesmo diante dos riscos geopolíticos existentes.

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