Aceleração do IPCA-15 em Setembro
A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) registrou uma aceleração, alcançando 0,48% em setembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (25). Esses dados refletem uma variação significativa em relação ao mês anterior.
Impactos por Grupo de Produtos e Serviços
O grupo de habitação destacou-se como o que apresentou a maior variação, com um aumento de 3,31%, contribuindo em 0,50 ponto percentual para a inflação. No acumulado do ano, a prévia da inflação atingiu um total de 3,76%, enquanto em um período de 12 meses o índice alcançou 5,32%. No mês anterior, esses números eram de 3,26% e 4,95%, respectivamente.
Projeções do Mercado
A expectativa do mercado era que o IPCA-15 avançasse 0,51% neste mês, conforme a mediana das previsões coletadas pelo Broadcast. Para o acumulado de um ano, a previsão era de que o índice encerrasse em 5,35%.
Desempenho dos Grupos do IPCA-15
Além do grupo de habitação, quatro dos nove grupos de produtos e serviços analisados apresentaram aumentos em setembro: vestuário (0,97%), saúde e cuidados pessoais (0,36%), despesas pessoais (0,20%) e educação (0,03%).
Por outro lado, os grupos de alimentação e bebidas (-0,35%), transportes (-0,25%), artigos de residência (-0,16%) e comunicação (-0,08%) apresentaram variações negativas no mesmo período.
Detalhamento do Grupo de Habitação
O grupo de habitação, que teve um grande impacto neste mês, voltou a mostrar crescimento após uma queda de 1,13% em agosto. Os preços da energia elétrica residencial, que foi o subitem com a maior contribuição positiva ao IPCA-15 em setembro (0,47 p.p.), subiram 12,17%, devido ao encerramento do Bônus de Itaipu e à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2.
Desempenho do Vestuário e Saúde
No grupo de vestuário (0,97%), as roupas femininas (1,19%) e os calçados e acessórios (1,02%) foram os itens que mais se destacaram com altas. Em saúde e cuidados pessoais (0,36%), o subitem plano de saúde apresentou um aumento de 0,50%.
Queda nos Preços de Alimentação e Transporte
A queda nos preços de alimentação e bebidas (-0,35%) foi a quarta consecutiva. No que se refere à alimentação no domicílio, os preços caíram 0,63%, com destaque para a redução nos valores de tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). Em contraste, as frutas experimentaram uma alta média de 1,03%.
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio, observou-se uma desaceleração nos preços, que passaram de 0,71% em agosto para 0,36% em setembro, o que se deve a aumentos menos acentuados nos custos de lanches (0,70%) e refeições (0,20%).
Queda nos Transportes
A redução nos preços do grupo transportes (-0,25%) foi impulsionada principalmente pela diminuição nos preços do seguro voluntário de veículos (-5,95%) e das passagens aéreas (-2,61%). No setor de combustíveis, ocorreu uma pequena queda de 0,10%, tendo o gás veicular (-1,55%) e a gasolina (-0,13%) também registrado redução, enquanto o óleo diesel (0,38%) e o etanol (0,15%) apresentaram elevações em seus preços.
Fonte: www.moneytimes.com.br