Prévia do PIB, Focus e reunião Trump-Zelensky dominam as atenções nesta segunda (18) – Tempo Real – As principais notícias do mercado financeiro.

Encontro de Presidentes e Perspectivas Econômicas: Atualizações e Expectativas

O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aconteceu nesta segunda-feira, após a reunião de Trump com o líder russo Vladimir Putin, realizada no Alasca. Esta reunião anterior terminou sem um acordo de cessar-fogo, e, segundo informações do Axios, Trump propôs uma cúpula trilateral com a Rússia e a Ucrânia para o dia 22 de agosto.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está presente na abertura de um fórum promovido pelo Financial Times & Times Brasil CNBC. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, também participam do evento Warren Day.

Indicadores Econômicos em Destaque

Hoje, a atenção está voltada para a divulgação de alguns indicadores importantes. Entre eles, temos:

  • Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de agosto;
  • Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que foi criado para antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do mês de junho;
  • Dados semanais da balança comercial.

A XP também publicará o balanço do segundo trimestre, após o fechamento do mercado. Além disso, na terça-feira, 19 de agosto, a Prefeitura de São Paulo realizará um leilão dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFL).

No cenário internacional, nesta segunda-feira, será divulgado o índice de confiança das construtoras americanas referente ao mês de agosto. E na terça-feira, o Banco do Povo da China (PBoC) definirá as taxas de juros para períodos de 1 e 5 anos.

Expectativas de Mercado

A quarta-feira (20) trará a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), enquanto os índices de inflação ao consumidor de julho da zona do euro, Alemanha e Reino Unido serão divulgados. Na quinta-feira (21), são esperados os PMIs composto, industrial e de serviços preliminares de agosto dos Estados Unidos e países europeus.

Adicionalmente, há expectativas em relação ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no simpósio de Jackson Hole, que ocorrerá entre quinta e sábado (23), sob a organização do Fed de Kansas City, em Wyoming. Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra também estarão presentes no evento no sábado.

Ibovespa Hoje: O que Acompanhar nesta Segunda-feira (18)

Bolsas Globais em Cautela Antes da Reunião entre Trump e Zelensky

Os mercados internacionais estão operando com cautela em antecipação à reunião entre Trump, Zelensky e líderes europeus, que busca discutir um possível acordo de paz no leste Europeu. Após um encontro com Putin no Alasca, Trump insinuou que a paz poderia ser alcançada rapidamente se Zelensky estivesse disposto a ceder territórios, uma proposta que já foi rejeitada pelo governo ucraniano. Por sua vez, Moscou continua insistindo no controle das regiões de Donetsk e Luhansk.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ressaltou a impossibilidade de se alterar fronteiras por meio da força.

Nos mercados, os índices futuros em Nova York apresentam queda, refletindo a diminuição nos índices de juros dos Treasuries (títulos da dívida dos EUA) e uma alta no valor do dólar, enquanto os investidores aguardam a ata do Fed e as declarações de Powell, em meio a expectativas de cortes sucessivos nas taxas de juros.

Na Europa, as bolsas também estão em baixa, após a redução do superávit comercial da zona do euro, exceto Lisboa, que escapa da tendência de queda, impulsionada pela valorização da EDP, em resposta a novas diretrizes do governo dos Estados Unidos sobre créditos fiscais.

IBC-Br: Previsões para a Prévia do PIB de Junho

A mediana do mercado indica alta de 0,05% da prévia do PIB em junho. (Foto: Adobe Stock)

Após uma queda em maio, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como prévia do PIB, deve apresentar um desempenho próximo de zero em junho. Este dado reforça a avaliação de perda de dinamismo da economia brasileira no segundo trimestre do ano.

A mediana do mercado aponta uma alta de 0,05% para o índice de junho, após uma queda de 0,74% em maio. As estimativas variam entre um recuo de 0,2% e uma alta de 0,4%.

Entre 24 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 12 esperam uma variação positiva no indicador. Oito instituições preveem um novo recuo, enquanto quatro apontam para uma variação nula.

O economista Antonio Macedo, do Banco Daycoval, estima uma expansão de 0,2% para esta edição do IBC-Br, com crescimento esperado principalmente no setor de serviços. Segundo Macedo, já estava sendo considerado um cenário de resiliência para esse setor, enquanto o consumo das famílias e a indústria indicam uma perda de força.

Commodities: Movimentações em Alta e Baixa

Os preços do petróleo estão em alta, impulsionados pelas esperanças de uma distensão no conflito da Ucrânia e pela diminuição do risco associado ao fornecimento da commodity. Na manhã de hoje, o barril do petróleo WTI para outubro subia 0,38%, alcançando o patamar de US$ 62,38, enquanto o Brent subia 0,31%, cotado a US$ 66,15.

Por outro lado, o minério de ferro viu uma queda de 0,64% em Dalian, no contrato futuro para janeiro de 2026, sendo cotado a 772 yuans, ou aproximadamente US$ 107,48 por tonelada.

Os American Depositary Receipts (ADRs), que permitem a investidores comprarem ações de empresas não americanas nos EUA, da Vale (VALE3) registravam uma queda de 0,30% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Em contrapartida, os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,17%.

Expectativas para o Índice Bovespa

O Índice Bovespa pode enfrentar pressão devido à desconfiança nos mercados internacionais e à queda do preço do minério de ferro. Contudo, a valorização do petróleo pode amenizar potenciais perdas. A curva de juros deve mostrar pouca oscilação, influenciada pela queda dos Treasuries, mas a alta do dólar pode atuar como um fator contrabalançador.

Recentemente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,16% em agosto, após uma queda de 1,65% em julho. Este resultado ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontavam uma alta de 0,29%, com variações entre 0,05% e 0,57%.

Tensões Comerciais com os EUA

Outro ponto de atenção são as tensões comerciais com os Estados Unidos. O governo brasileiro deve apresentar hoje sua defesa contra as acusações de práticas desleais. Uma pesquisa recente do Datafolha mostra que a responsabilidade pela sobretaxa americana é considerada dividida: 39% culpam Jair e Eduardo Bolsonaro, 35% atribuem a responsabilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 15% indicam Alexandre de Moraes.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, reforçou que o Brasil busca diálogo e que iniciativas como Reintegra e Drawback serão utilizadas para mitigar os impactos. O embaixador da China, por sua vez, destacou o apoio de seu país ao Brasil, rotulando as ações dos EUA como “intimidação unilateral”.

Esses fatores estão no foco dos investidores e certamente podem influenciar as negociações na bolsa de valores brasileira, impactando diretamente o desempenho do Índice Bovespa.

*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast

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