Quanto devo investir mensalmente para acumular R$ 100 mil em 1, 2 ou até 3 anos?

Já imaginou o que faria com R$ 100 mil na sua conta? Seja para uma grande realização pessoal ou para a tranquilidade de uma reserva financeira, essa quantia representa um marco de liberdade. O que parece um objetivo distante, no entanto, pode ser alcançado com disciplina e planejamento.

A chave para atingir a meta está na consistência e na matemática. Dependendo de quanto você puder guardar todos os meses, é possível juntar R$ 100 mil em investimentos em um, dois ou três anos.

O planejador financeiro e especialista em investimentos Jeff Patzlaff calculou quais os valores que precisam ser guardados em diferentes aplicações de renda fixa nestes períodos. Confira a seguir:

Quanto guardar por mês para juntar R$ 100 mil

  • Em 1 ano: para aplicações de renda fixa, seria necessário investir R$ 8 mil por mês.
Investimento Aporte mensal Valor líquido alcançado
Tesouro Selic R$ 8.000,00 R$ 101.137,22
Tesouro IPCA R$ 8.000,00 R$ 100.050,63
CDB Pós R$ 8.000,00 R$ 101.273,11
  • Em 2 anos: caso o prazo seja alongado, o valor cai para R$ 3,8 mil por mês.
Investimento Aporte mensal Valor líquido alcançado
Tesouro Selic R$ 3.800,00 R$ 102.257,16
Tesouro IPCA R$ 3.800,00 R$ 99.839,57
CDB Pós R$ 3.800,00 R$ 102.521,01
  • Em 3 anos: no prazo mais longo da simulação, o valor do aporte mensal seria de R$ 2,3 mil.
Investimento Aporte mensal Valor líquido alcançado
Tesouro Selic R$ 2.300,00 R$ 98.846,80
Tesouro IPCA R$ 2.300,00 R$ 95.212,61
CDB Pós R$ 2.300,00 R$ 99.226,20

E quem só pode guardar menos por mês?

Os números apresentados podem parecer elevados para alguns orçamentos, mas é fundamental entender que o valor mais importante não é o montante final, e sim o ato de começar. O ponto de partida para qualquer planejamento financeiro de sucesso é a consistência.

Embora sua realidade atual não permita guardar os valores exatos da simulação, cada real economizado faz a diferença a longo prazo. O simples hábito de guardar R$ 50, R$ 100 ou qualquer quantia que seja possível por mês já representa um avanço significativo, pois combate a mentalidade de “gastar todo o dinheiro” e inicia o ciclo positivo de poupança.

O mais importante é não se manter parado. Os juros dos investimentos funcionam como uma “bola de neve” que acelera seus ganhos ao longo do tempo. Começar hoje, com o que você tem, é a decisão mais inteligente que pode ser tomada para garantir a saúde das suas finanças.

Entenda os investimentos

Todos os investimentos citados na simulação pertencem à categoria de renda fixa, um tipo de aplicação onde as regras de rendimento são conhecidas no momento da compra do título. Assim, essas aplicações oferecem maior segurança e previsibilidade.

A renda fixa é contraposta à renda variável, que inclui investimentos como ações e fundos imobiliários, cuja rentabilidade é incerta e pode até resultar em perdas.

O primeiro dos investimentos de renda fixa a ser considerado na simulação é o Tesouro Selic. Trata-se de um título de dívida emitido pelo governo federal, funcionando como uma espécie de “empréstimo” para os cofres públicos. Esses títulos pertencem ao programa Tesouro Direto, que, por conta da garantia do Tesouro Nacional, é considerado o investimento mais seguro do país.

A principal vantagem do Tesouro Selic é a alta liquidez, isto é, a facilidade de resgate a qualquer momento sem perdas significativas. Seu rendimento acompanha de perto a taxa básica de juros da economia (Selic). Assim, cortes na taxa resultam em diminuição do rendimento. Para o levantamento, foi considerada a Selic atual, de 15% ao ano.

O Tesouro IPCA+ é outro título do programa Tesouro Direto. Seu rendimento é composto pela variação da inflação oficial do país (o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA) durante o período, mais uma taxa de juros fixa, protegendo, assim, o poder de compra contra a alta dos preços. No levantamento, Jeff Patzlaff utilizou a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 5,23%.

Diferentemente do Tesouro Selic, o Tesouro IPCA+ apresenta liquidez apenas na data de vencimento do título. Caso o investidor precise resgatar o dinheiro antes, ele ficará sujeito à “marcação a mercado”, que pode resultar em perdas tanto no rendimento quanto no valor investido.

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos. Com a modalidade pós-fixada, seu rendimento está atrelado a um índice como o CDI (que acompanha a Selic). Na simulação, Patzlaff utilizou a taxa de 14,90% ao ano.

Esses títulos também são considerados extremamente seguros, uma vez que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$ 250 mil por CPF e por instituição. É recomendável optar por títulos emitidos por instituições financeiras renomadas, visando evitar imprevistos. Além disso, há opções tanto com liquidez diária quanto com liquidação no vencimento, e é preciso estar atento ao prazo antes de investir seu dinheiro.

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