Juntar o Primeiro Milhão: Desafios dos Investidores
Juntar o primeiro milhão é uma meta comum entre muitos investidores pessoas físicas. No entanto, o tempo necessário para alcançar esse objetivo pode variar conforme os tipos de investimentos escolhidos. Considerando um cenário hipotético em que um investidor faça aportes mensais de R$ 500, seriam necessários aproximadamente 29 anos e 8 meses para acumular R$ 1 milhão, caso esses aportes sejam aplicados em um investimento com rendimento de 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Esse cálculo considera a taxa CDI atual de 14,90% ao ano, conectada a uma Taxa Selic que se encontra em 15%.
Investimentos em Ações
Ao analisar o investimento em ações, uma ferramenta chamada "calculadora do milhão", desenvolvida pela Hurst Capital, indica que, com os mesmos aportes mensais de R$ 500, um investidor levaria cerca de 31 anos e 9 meses para atingir a marca de R$ 1 milhão, se investisse em ativos que compõem o Ibovespa, que é o principal índice da bolsa de valores brasileira.
Para chegar a essa estimativa, a ferramenta leva em consideração a média de rendimento do Ibovespa, que está em torno de 9% ao ano. É importante ressaltar que esse rendimento anual de 9% pode ser superado caso o investidor realize escolhas acertadas e construa uma carteira de ações que se destaque.
A Poupança como Opção
Por fim, se um investidor decidir fazer aportes mensais de R$ 500 na poupança, o investimento preferido por grande parte dos brasileiros, ele precisaria de 40 anos e 9 meses para atingir seu objetivo de R$ 1 milhão. Esse cálculo é baseado em um rendimento de 6% ao ano, que é inferior tanto ao rendimento da renda variável quanto ao da renda fixa.
Conforme as normas vigentes da poupança, quando a Selic ultrapassa os 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao mês, equivalente a 6,17% ao ano, já acrescido da Taxa Referencial (TR). Contudo, quando a Selic cai abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento transforma-se em 70% da taxa Selic, adicionado da Taxa Referencial (TR).
Comportamento do Investidor Brasileiro
De acordo com um levantamento elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em conjunto com o Datafolha, 23% dos brasileiros continuavam a deixar o dinheiro na poupança, o que corresponde a aproximadamente 32 milhões de pessoas. Contudo, esse percentual representa uma diminuição em relação à pesquisa anterior, que apontou 25%.
Esse fenômeno indica uma mudança no comportamento dos investidores, pois atualmente cerca de 27 milhões de brasileiros já diversificam suas economias, escolhendo duas ou mais alternativas de investimento, o que sugere um movimento gradual em direção à diversificação.
No levantamento, foi observada que a utilização de títulos privados aumentou pelo terceiro ano consecutivo, já representando 6% das respostas. Os fundos de investimento aparecem logo em seguida, com 5%, enquanto as moedas digitais, que anteriormente tinham uma participação maior, recuaram para 4%.
Diversificação por Classes Sociais
O perfil de diversificação é mais prevalente entre as classes A e B. Contudo, mesmo nesse grupo, a poupança continua liderando como a opção mais mencionada, com 31% dos entrevistados a citando como sua principal escolha. Em contrapartida, alternativas como títulos privados (15%), fundos de investimentos (13%), moedas digitais (8%), imóveis (7%) e ações (6%) estão se tornando cada vez mais populares.
Nas classes C, D e E, a caderneta de poupança ainda se mantém como a opção de investimento dominante.
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