Quem assumir o governo em 2027 terá que reduzir gastos obrigatórios, afirma Mansueto.

Despesas Obrigatórias e a Necessidade de Corte

O economista-chefe do Banco BTG Pactual, Mansueto Almeida, declarou em um evento realizado em São Paulo nesta segunda-feira, dia 22, que, independentemente de quem seja escolhido pela população como presidente em 2027, será imprescindível que o novo governo adopte medidas para cortar significativamente as despesas obrigatórias do país. Almeida enfatizou a relevância desse tema para a sustentabilidade fiscal do Brasil.

A Correção da Política do Salário Mínimo

Mansueto mencionou que uma discussão essencial para o próximo governo será a necessidade de reducir o crescimento das despesas obrigatórias. Entre as ações sugeridas, ele destacou a importância de revisitar a política de valorização do salário mínimo, já que essa política tem um impacto abrangente sobre uma série de benefícios previdenciários que também estão atrelados a esse indicador.

Expectativa da Dívida Pública

O economista apresentou previsões que indicam que a dívida pública do Brasil deverá fechar o ano de 2026 em torno de 82,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Esta projeção levanta preocupações, especialmente porque, segundo Almeida, a arrecadação prevista em torno de 19% do PIB não parece ser suficiente para gerar um superávit nominal. Esta situação configura um cenário de desafios fiscais a serem enfrentados pelo próximo governo.

A Necessidade de Ajuste Fiscal

Em suas contas, Mansueto revelou que será necessário implementar um ajuste fiscal da ordem de R$ 250 bilhões para reverter o quadro atual. Ele observou que a carga tributária do país já é considerada alta e que o Congresso Nacional não parece disposto a aprovar propostas que venham a aumentar ainda mais essa carga. Portanto, a solução precisa, segundo ele, estaria nas despesas obrigatórias.

Reformas Administrativas e Outras Medidas

Além das questões relacionadas ao ajuste fiscal, Mansueto Almeida apontou que uma reforma administrativa por si só não seria suficiente para corrigir as distorções nos gastos públicos. Ele comentou que a maior parte do ajuste relacionado à folha de pessoal já foi realizada, citando que até 2018 essa despesa representava 4,3% do PIB, enquanto atualmente essa porcentagem se encontra em torno de 3,3% do PIB.

Caminhos para o Futuro

Por fim, o economista concluiu que os caminhos para enfrentar essa situação envolvem outros aspectos, incluindo a reformulação de programas sociais do Estado, sem limitar-se apenas a isso. O diálogo sobre a sustentabilidade fiscal e a gestão das despesas obrigatórias será fundamental para os próximos anos e as diretrizes para o futuro governo.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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