Raízen (RAIZ4) cai em agosto, mas encerra o mês com energia após notícias favoráveis.

Desempenho da Raízen em Agosto

A Raízen (RAIZ4) encerrou o mês de agosto registrando uma das maiores quedas do Ibovespa, com uma desvalorização acumulada de 17,61%. Este resultado foi influenciado, principalmente, pelo balanço trimestral que ficou abaixo das expectativas, além da frustração gerada em relação a rumores sobre uma possível parceria com a Petrobras (PETR4).

Apesar das dificuldades, a ação demonstrou sinais de recuperação no final do mês: entre os dias 25 e 29 de agosto, houve um aumento de 12,50%, impulsionado por notícias favoráveis ao setor e por uma operação de venda de ativos.

Pressão com Balanço e Ruídos de Mercado

No primeiro trimestre da safra 2025/26, a Raízen registrou um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, revertendo o lucro de R$ 1,1 bilhão obtido no mesmo período da safra anterior. O Ebitda ajustado caiu 23,4%, totalizando R$ 1,9 bilhão, abaixo da estimativa de R$ 2,16 bilhões projetada pela LSEG.

A companhia atribuiu esse desempenho a condições climáticas adversas, perdas de inventário tanto no Brasil quanto na Argentina e à extensão da manutenção da refinaria de Buenos Aires. O mercado esperava um prejuízo menor, de R$ 884,7 milhões.

Outro fator que gerou volatilidade nas ações foi a especulação de que a Petrobras poderia estar estudando investir na Raízen. A notícia fez com que as ações subissem 10,5% em um determinado pregão, mas a estatal negou oficialmente qualquer negociação, o que aumentou a pressão sobre os papéis.

Alívio com Operação Policial e Venda de Usinas

Na última semana de agosto, dois eventos contribuíram para a recuperação das ações. O primeiro foi uma megaoperação contra fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, que envolveu fundos de investimento e fintechs utilizados para movimentar recursos relacionados ao crime organizado.

Analistas do UBS BB e do Citi avaliaram que uma postura mais rigorosa contra operadores irregulares tende a beneficiar empresas que atuam em conformidade, como a Raízen, ao reduzir a concorrência desleal e aumentar as margens do setor.

O segundo movimento foi a venda das usinas Rio Brilhante e Passa Tempo, situadas no Mato Grosso do Sul, para a Cocal Agroindústria, pelo valor de R$ 1,54 bilhão. O pagamento será realizado à vista e a transação inclui também a cessão de cana própria e contratos de fornecedores.

De acordo com a Raízen, a decisão está alinhada à estratégia de otimização do portfólio, simplificação das operações e aumento da rentabilidade. Após a conclusão deste negócio e de outros desinvestimentos já anunciados, a companhia operará com 25 usinas, com uma capacidade instalada de moagem de aproximadamente 75 milhões de toneladas por safra.

Recuperação Parcial

A combinação dessas notícias fez com que a Raízen encerrasse a última semana de agosto com um aumento acumulado de 12,50%, proporcionando algum alívio aos investidores. Contudo, o desempenho negativo no mês manteve a companhia entre as piores performances do Ibovespa durante o período.

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