Reag Investimentos Anuncia Venda da Empírica Holding
A Reag Investimentos (código: REAG3) firmou um Memorando de Entendimentos (MoU) com a Smart Hub Participações para a venda da Empírica Holding, uma empresa que se especializa em crédito estruturado e que fazia parte do portfólio financeiro da Reag Investimentos.
Condições da Transação
De acordo com um fato relevante divulgado ao mercado na noite de terça-feira, dia 9, o valor acordado para a transação é de até R$ 25 milhões, distribuídos em seis parcelas semestrais. Além disso, a compradora irá assumir parcelas contingentes da aquisição que a Reag Asset Management havia estabelecido com os antigos proprietários da Empírica. O valor exato dessas parcelas não é especificado, pois está vinculado a um percentual da receita líquida que será apurada nos anos de 2026 a 2028. A estimativa para esse montante varia entre R$ 36 milhões e R$ 50 milhões.
O preço final da operação poderá ser ajustado com base na receita líquida da Empírica, conforme previsto no documento.
A efetivação do negócio está condicionada ao cumprimento de requisitos normais para esse tipo de transação, incluindo aprovações regulatórias e a realização de um relatório de due diligence, até que se chegue à assinatura dos contratos definitivos.
Novos Rumos na Gestão da Reag Investimentos
As negociações relacionadas à venda da Empírica estão sendo conduzidas sob a administração da Arandu Partners Holding, entidade controlada pelos principais executivos da gestora. Isso ocorre após a Reag Investimentos ter anunciado, no domingo, dia 7, a renúncia do fundador João Carlos Mansur do cargo de presidente do conselho, além da venda de sua participação a um grupo de sócios liderado por Dario Tanure.
A nova gestão da empresa, nomeada na terça-feira, apresentou Felipe Oppenheimer como presidente e Edson Inácio da Silva como diretor financeiro.
Reag Investimentos em Esfera de Investigação
A Reag Investimentos ficou sob os holofotes após ser incluída entre os 350 alvos de uma megaoperação desencadeada pelas polícias Federal, Civil e Militar, junto com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e o Ministério Público Federal (MPF). Esta operação ocorreu no dia 28 de agosto na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, um importante centro financeiro de São Paulo.
As investigações revelaram a presença de irregularidades em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no Brasil.
Implicações da Operação
Estima-se que cerca de mil postos de combustíveis associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) tenham movimentado R$ 52 bilhões entre os anos de 2020 e 2024. As investigações indicam que os envolvidos tenham sonegado mais de R$ 7 bilhões em impostos em níveis federal, estadual e municipal.
Além disso, foi apurado que pelo menos 40 fundos, que juntas acumulam um patrimônio estimado em R$ 30 bilhões, são suspeitos de terem sido utilizados pelo PCC como uma forma de ocultação de patrimônio.
Em resposta às investigações, a Reag Investimentos e a Companhia Brasileira de Serviços Financeiros (CIABRASF) informaram que estão colaborando de forma integral com as autoridades, disponibilizando todas as informações e documentos que foram solicitados.