Avaliação do Banco Santander sobre a Brava Energia
O Santander revisou suas expectativas para as ações da Brava Energia (BRAV3), aumentando o preço-alvo de R$ 25 para R$ 29 até o final de 2026. Essa alteração vem acompanhada da manutenção da recomendação de outperform, que é equivalente à orientação de compra. O banco justifica essa decisão com base no robusto desempenho operacional apresentado pela empresa até o momento, sendo sustentado por suas operações nos ativos offshore Atlanta e Papa-Terra.
O estudo revela que Atlanta e Papa-Terra se consolidam como os principais motores de crescimento da Brava, especialmente em razão da campanha de perfuração integrada que está prevista para ocorrer entre 2026 e 2027. O Santander acredita que a implementação de iniciativas para otimização de custos, bem como novos investimentos, podem reforçar o fluxo de caixa projetado para esses períodos.
Desempenho e Riscos Financeiros
Conforme a análise do Santander, a Brava ainda representa uma aposta com maior risco, uma vez que o seu ponto de equilíbrio médio de fluxo de caixa livre (FCF) para o período de 2026-2027 está estimado em US$ 52 por barril de óleo equivalente (boe), além de apresentar uma alta alavancagem financeira. Ademais, uma perspectiva mais negativa do mercado em relação aos preços do petróleo pode restringir um posicionamento mais otimista por parte dos investidores.
Ainda assim, o banco observa que o desempenho atual da empresa, em conjunto com um preço do Brent perto de US$ 65 o barril, pode levar a surpresas positivas no fluxo de caixa trimestral, suficiente para cobrir os gastos com capital (capex), despesas financeiras e earnouts nos próximos trimestres. O Santander também prevê um caminho sólido de desalavancagem, com a relação Dívida Líquida/Ebitda (incluindo arrendamentos) em torno de 1,5 vez até o final de 2026.
Expectativas para a Produção da Brava
O Santander projeta que a produção da Brava Energia deverá alcançar uma faixa entre 90 e 95 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) no segundo semestre de 2025, um crescimento em relação aos 78 kboed registrados no primeiro semestre. Esse aumento é atribuído à conclusão da Fase 1 de Atlanta, à maior eficiência dos FPSOs de Atlanta e Papa-Terra e à produção de gás mais estável em Manati.
Para o ano de 2026, a expectativa é de que a produção média alcance 89 kboed, refletindo um crescimento de 5% em comparação a 2025. Esse desempenho será apoiado por fatores como as operações em Atlanta, a monetização de gás na região do Recôncavo, o início da produção dos poços PPT-52/53 no quarto trimestre e a estabilidade nas operações da região de Potiguar.
Projeções para 2027 sinalizam um aumento adicional na produção, que deverá ser impulsionado pela entrada da Fase 2 de Papa-Terra programada para o segundo trimestre, além dos efeitos positivos das perfurações em Papa-Terra, agendadas para o final de 2026.
Fonte: www.moneytimes.com.br