Petrobras Avalia Situação da Braskem
O conselho de administração da Petrobras (PETR4) está analisando estratégias em resposta ao agravamento da situação financeira da Braskem (BRKM5), considerando inclusive a possibilidade de injetar capital na empresa, conforme informações divulgadas pela Bloomberg.
As movimentações da Petrobras estão acompanhadas das negociações envolvendo a Novonor (antiga Odebrecht) e possíveis novos investidores, de acordo com apurações feitas pelo jornal. Até o presente momento, não foi apresentada nenhuma proposta concreta ao conselho.
Analistas do Bradesco BBI acreditam que a discussão sobre a Braskem no conselho da Petrobras é um sinal positivo, indicando que eles estão cientes e preocupados com a situação da petroquímica.
“Não existe uma solução mágica que resolva a situação do balanço da Braskem, mas não descartamos a possibilidade de a Petrobras injetar capital, desde que isso não ultrapasse 49% da participação econômica”, afirmaram Vicente Falanga, do BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos.
De acordo com o BBI, uma possível injeção de capital poderia variar entre US$ 100 a US$ 200 milhões, ou mais, caso outro investidor opte por também injectar recursos na empresa.
A Petrobras é atualmente a segunda maior acionista da Braskem, possuindo 47% das ações ordinárias da petroquímica, sendo coproprietária junto à Novonor.
Desafios Financeiros da Braskem
Recentemente, a Braskem comunicou que contratou assessores financeiros e jurídicos a fim de buscar alternativas para otimizar sua estrutura de capital. Esse movimento gerou preocupações no mercado sobre a possibilidade de a petroquímica optar por um processo de recuperação judicial (RJ) ou recuperação extrajudicial (RE) no curto ou médio prazo.
A companhia enfatiza que seu foco está na implementação de iniciativas que minimizem os impactos de um prolongado ciclo de baixa na indústria, além do fortalecimento de sua competitividade no setor brasileiro.
A Braskem também foi afetada por uma recente reavaliação de sua nota de crédito, que foi rebaixada de “BB-” para “B+” pela agência de classificação de risco S&P, devido à pressão financeira resultante da queima de caixa. As ações da petroquímica acumulam uma queda superior a 44% no ano.
No segundo trimestre deste ano, a Braskem reportou um recuo de 93% em seu prejuízo se comparado ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 267 milhões. Contudo, esse valor destacou uma reversão em relação ao lucro obtido nos primeiros três meses do ano, acentuando o tom negativo de seu balanço. Além disso, a receita líquida da empresa caiu de R$ 19,07 bilhões para R$ 17,86 bilhões.
Fonte: www.moneytimes.com.br