Assinatura do Acordo Comercial entre EUA e Japão
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira, 4, uma ordem executiva que oficializa o acordo comercial entre os Estados Unidos e o Japão.
Implementação do Pacto Bilateral
Segundo um comunicado da Casa Branca, essa medida implementa formalmente o pacto bilateral que foi anunciado no dia 22 de julho. O acordo estabelece a aplicação de uma tarifa-base de 15% sobre quase todas as importações provenientes do Japão.
Exceções e Detalhes das Tarifas
O decreto assinado por Trump inclui exceções à tarifa de 15%, abrangendo setores como automóveis, aeroespacial, farmacêutico genérico e recursos naturais que não estão disponíveis nos Estados Unidos. Conforme estipulado na ordem, para um produto de origem japonesa com uma tarifa inferior a 15%, a soma da tarifa atual e da taxa adicional deve totalizar 15%. Para itens cuja alíquota já é de 15% ou superior, não haverá cobrança adicional. As tarifas retroagem a 7 de agosto de 2025 e existe a previsão de reembolso para produtos já desembarcados.
Concessões do Japão
No que diz respeito às obrigações do Japão, o acordo prevê um aumento de 75% nas compras de arroz americano dentro do esquema de acesso mínimo, além da aquisição anual de produtos agrícolas como milho, soja, fertilizantes e bioetanol, totalizando US$ 8 bilhões por ano. O Japão também se comprometeu a aceitar veículos de passageiros fabricados nos Estados Unidos sem a necessidade de testes adicionais e a comprar aeronaves comerciais, além de equipamentos de defesa americanos.
Investimentos Japoneses nos EUA
Um dos aspectos mais destacados do acordo é o compromisso do governo japonês de investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos. Segundo o comunicado, esses investimentos, escolhidos pelo governo americano, "gerarão centenas de milhares de empregos, expandirão a manufatura doméstica e garantirão a prosperidade americana por gerações".
Justificativa da Casa Branca
A Casa Branca afirma que o acordo é "necessário e apropriado para reduzir ou eliminar ameaças à segurança nacional" e para "fortalecer a base industrial e de defesa" do país. O governo americano também ressalta que irá monitorar a implementação dos compromissos assumidos pelo Japão e poderá modificar a ordem em caso de descumprimento.