Usinas, portos e propriedades de alto padrão estão entre os ativos das facções que foram bloqueados.

Operações Conjuntas Contra o Crime Organizado

As três operações conjuntas deflagradas nesta quinta-feira (28) resultaram em mais de 400 mandados judiciais em oito estados, culminando em seis prisões e no bloqueio de aproximadamente R$ 3,2 bilhões em bens e valores relacionados ao crime organizado. Os ativos confiscados incluem usinas de álcool, terminais portuários, frotas de caminhões e imóveis de alto padrão, como uma casa em Trancoso (BA) avaliada em R$ 13 milhões e fazendas em São Paulo estimadas em R$ 31 milhões. Além disso, foram identificados fundos de investimento controlados por facções, que administravam cerca de R$ 30 bilhões em ativos.

R$ 140 Bilhões Movimentados

As operações, batizadas de Carbono Oculto, Quasar e Tank, revelaram que organizações criminosas movimentaram ilegalmente cerca de R$ 140 bilhões por meio de fraudes fiscais, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro. As investigações mostraram que fintechs funcionavam como bancos paralelos, permitindo que facções ocultassem patrimônio e mascarassem transações financeiras em larga escala.

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Autoridades Falam em Marco Histórico

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a ofensiva como “uma das maiores operações da história do Brasil e, ouso dizer, do mundo”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o foco no bloqueio de patrimônio é a forma mais eficaz de estrangular financeiramente o crime.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que os resultados só foram possíveis pela integração entre instituições. A subsecretária da Receita Federal, Andrea Costa Chaves, destacou a necessidade de impedir que o crime organizado se confunda com a economia formal, prejudicando empresários que atuam de maneira regular.

A Megaoperação em Três Frentes

Operação Carbono Oculto

A mais abrangente das três ações investigou fraudes fiscais, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro. Foram identificados R$ 52 bilhões movimentados em mais de mil postos e outros R$ 46 bilhões em fintechs que funcionavam como bancos paralelos. O patrimônio ocultado incluía usinas de álcool, terminais portuários, imóveis de luxo em Trancoso (BA) e fazendas em São Paulo.

Operação Quasar

Com foco em fundos de investimento, a operação Quasar identificou uma rede de gestão fraudulenta utilizada para blindagem patrimonial. Foram bloqueados R$ 1,2 bilhão em ativos em São Paulo e no interior paulista, com mandados de busca em Campinas e Ribeirão Preto.

Operação Tank

Deflagrada no Paraná, a operação Tank desarticulou uma rede de empresas que movimentou mais de R$ 23 bilhões desde 2019. Além de práticas contábeis fraudulentas, o grupo adulterava gasolina e operava com a denominada “bomba baixa”, vendendo menos combustível do que o indicado.

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