Resultados do Terceiro Trimestre de 2025 da Vale
A Vale (BOV:VALE3) anunciou, após o fechamento do pregão na quinta-feira (30/10), os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2025. A empresa apresentou um lucro líquido atribuído aos acionistas de US$ 2,68 bilhões, o que representa um aumento de 11% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Este valor superou as expectativas da LSEG, que estimava um lucro em torno de US$ 2,1 bilhões. Em comparação com o trimestre anterior, houve um crescimento de 27%.
Além disso, a receita líquida alcançou US$ 10,4 bilhões, apresentando um crescimento de 9% em relação ao ano anterior e de 18% em relação ao segundo trimestre de 2025. O Ebitda ajustado proforma atingiu US$ 4,399 bilhões, também acima das previsões de analistas, que aguardavam cerca de US$ 4,1 bilhões. A geração de Fluxo de Caixa Livre Recorrente foi de US$ 1,6 bilhão, sendo impulsionada tanto pelo aumento operacional quanto pela diminuição do impacto do capital de giro.
Situação da Dívida
Apesar do desempenho operacional sólido no trimestre, a dívida líquida expandida da Vale foi de US$ 16,6 bilhões, cifra que excede o intervalo previamente informado pela empresa, que varia de US$ 10 a US$ 20 bilhões. Essa situação é crucial, pois representa um patamar que inviabiliza a distribuição de dividendos extraordinários no curto prazo.
Desempenho das Ações
No fechamento do pregão de quinta-feira (30/10), as ações da Vale estavam cotadas a R$ 63,84, apresentando uma alta de 0,81%, após oscilações entre R$ 62,93 e R$ 64,00 ao longo do dia. Para o próximo pregão, os analistas projetam uma volatilidade moderada, com o mercado avaliando o ritmo de desalavancagem da empresa e possíveis expectativas em relação à distribuição de proventos.
Posição no Setor Mineral
A Vale (VALE3) se destaca como uma das maiores empresas mineradoras do mundo, atuando em várias verticais, incluindo mineração de ferro, níquel e cobre, além de logística integrada e operações relacionadas à transição energética. Os principais concorrentes globais da empresa incluem Rio Tinto, BHP e Glencore.
Atualização sobre Custos All-in de Cobre e Níquel
- Vale reduz custos all-in de cobre e níquel com melhora operacional e apoio do ouro
A Vale também divulgou, juntamente com os resultados do terceiro trimestre de 2025, uma atualização sobre suas estimativas de custos all-in de cobre e níquel. Este indicador agrega todos os gastos, desde a extração até a entrega no porto, excluindo o frete. Após ajustes realizados no trimestre anterior, a companhia conseguiu reduzir ainda mais esses valores.
Conforme informações da mineradora, essa diminuição nos custos é atribuída ao bom desempenho operacional, além da valorização dos preços do ouro, que atua como subproduto em suas operações, ajudando a compensar as despesas. Em função disso, a nova projeção para o custo all-in de cobre está agora entre US$ 1.000 e US$ 1.500 por tonelada, enquanto para o níquel a estimativa varia de US$ 13.000 a US$ 14.000.
Fonte: br.-.com