ADR da mineradora Vale fecha em leve alta em Nova York; investidores avaliam estímulos na China e projeções de dividendos bilionários
As ações da Vale (BOV:VALE3) encerraram o pregão desta segunda-feira, 27 de outubro, com uma leve queda de 0,40%, sendo cotadas a R$ 61,48. O dia foi marcado por volatilidade para o setor de mineração na bolsa de valores B3. Este movimento reflete ajustes técnicos após ganhos recentes e a cautela do mercado diante das incertezas envolvendo a demanda por produtos na China.
No mercado da Bolsa de Nova York (NYSE), as ADRs da Vale (NYSE:VALE) apresentaram leve alta de 0,26%, fechando a US$ 11,44. Essa valorização no mercado americano foi sustentada pela recuperação parcial dos preços do minério de ferro e pela expectativa de que novos estímulos econômicos possam impulsionar o consumo de aço na China.
O comportamento da Vale nas bolsas contrastou com o desempenho positivo do minério de ferro (CCOM:IRON), que registrou avanços tanto na Bolsa de Dalian (DCE) quanto na Bolsa de Singapura (SGX). O contrato mais negociado para janeiro de 2026 em Dalian subiu 1,94%, encerrando suas negociações a 786,5 iuanes por tonelada métrica, o que equivale a aproximadamente US$ 110,42. Já em Singapura, o contrato de novembro encerrou em alta de 0,24%, com valor de US$ 105,95 por tonelada.
Embora o preço da commodity tenha apresentado alta, as ações da mineradora brasileira demonstraram uma reação contida. O mercado interpretou esse movimento como um processo de realização de lucros, dado o histórico recente de ganhos, incluindo a divulgação pela empresa de produção recorde no terceiro trimestre de 2025, atingindo o maior volume de minério desde 2018.
Fatores que influenciaram o desempenho da Vale
- Sentimento positivo na China: expectativa de que a reunião de líderes resulte em novos estímulos à economia.
- Dados do setor siderúrgico: melhora marginal nos indicadores industriais chineses, sustentando os preços do minério.
- Cautela dos investidores: receio quanto à sustentabilidade da demanda chinesa no curto prazo.
- Realização de lucros: movimento natural após fortes ganhos anteriores.
Entre as mineradoras globais, o desempenho foi misto. A BHP (ASX:BHP) teve uma alta de 1,37%, enquanto a Rio Tinto (LSE:RIO) registrou leve alta de 0,09% em Londres. Por outro lado, a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) se destacou com um ganho de 5,48%, refletindo um otimismo no mercado americano com a demanda de aço doméstico. Nesse contexto, as ações da Vale apresentaram uma performance mais moderada no dia.
No Brasil, a análise dos especialistas segue dividida em relação ao desempenho da ação. A XP Investimentos rebaixou sua recomendação para “Neutro”, com um preço-alvo de R$ 66,00. Por outro lado, o BB Investimentos manteve sua recomendação de “Compra”, com projeções de R$ 68,00 até o final de 2026. O Citi e a Suno Research identificaram um potencial de valorização, com preços-alvo de US$ 12,00 e R$ 78,00, respectivamente.
Outro ponto de destaque que atrai a atenção dos investidores é o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), que é de R$ 1,895387417 por ação e está programado para o dia 3 de setembro de 2025. De acordo com o BTG Pactual, a Vale pode distribuir dividendos bilionários ainda neste ano, com um dividend yield estimado entre 7,8% e 9%, o que aumenta a atratividade deste papel para o médio prazo.
Apesar do desempenho misto observado, a maioria dos analistas concorda que a Vale continua sendo uma referência importante no mercado de commodities, sustentada por fundamentos sólidos, uma estrutura logística de alta qualidade e uma forte geração de caixa. O comportamento do minério de ferro e a evolução da economia chinesa seguirão sendo fatores determinantes para os próximos movimentos das ações da Vale.
VALE3 testa resistência decisiva e pode retomar tendência de alta se romper R$ 62,54
A ação VALE3 (Vale S.A.) concluiu a última semana em uma zona técnica crucial, com o preço se aproximando da resistência estabelecida em R$ 62,54, um nível que pode definir a direção dos próximos pregões. A análise dos indicadores e as formações gráficas apontam para uma consolidação com leve viés altista, enquanto o mercado aguarda um rompimento que confirme uma nova tendência de alta.
Observando o gráfico diário, a VALE3 tem alternado entre sinais de alta e baixa, refletindo a volatilidade do mercado internacional de minério de ferro. O último padrão gráfico identificado em 16 de outubro de 2025 foi um Harami de Baixa, que indica um enfraquecimento temporário da pressão compradora. Nas semanas anteriores, foram observadas formações altistas como os Engolfos de Alta nos dias 26 de agosto e 01 de setembro, o que ainda sustenta uma perspectiva otimista para o médio prazo.
Atualmente, o suporte imediato está em R$ 61,33, e caso esse nível seja perdido, o ativo pode buscar R$ 59,80 e R$ 59,22. Por outro lado, um rompimento acima de R$ 62,54 abre possibilidade para a ação testar metas de R$ 63,99, R$ 65,35 e R$ 65,66 — com potencial a longo prazo para alcançar novamente R$ 120,45, que representa seu topo histórico, o que correspondendo a um upside de 95,69%.
A análise técnica da – mostra que 6 dos 13 indicadores sinalizam alta (46%), enquanto 7 estão neutros (54%) e nenhum indica baixa. As médias móveis de 5 e 21 períodos continuam ascendentes, reforçando o viés positivo. Além disso, os indicadores Parabólico SAR e HILO mantêm sinal de compra, e o Trix também aponta para uma tendência ascendente. Por sua vez, os indicadores MACD, ADX/DMI e Bollinger Bands permanecem neutros, indicando que o mercado ainda procura uma direção clara.
Os osciladores, incluindo o IFR e o Estocástico, encontram-se em zonas neutras (entre 30 e 70), sem sinal de sobrecompra ou sobrevenda, o que reforça um cenário de equilíbrio momentâneo entre compradores e vendedores.
Com relação ao próximo pregão, traders devem prestar atenção especial à região dos R$ 62,60. Um movimento acima desse patamar indica sinal de compra por rompimento, com metas em R$ 63,99 e R$ 65,35. Ao contrário, rompimentos abaixo de R$ 61,30 acionariam um sinal de venda, visando o patamar de R$ 59,80.
De forma geral, a VALE3 apresenta uma estrutura técnica saudável e com potencial de retomada, mas o volume financeiro e a confirmação de um rompimento de resistência serão fatores cruciais para validar um novo ciclo de alta no curto prazo.
As análises técnicas apresentadas neste artigo foram geradas pela ferramenta Scanner –, uma plataforma avançada projetada para monitorar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, além de interpretar diversos indicadores técnicos de maneira prática e confiável. Com o uso do Scanner -, investidores podem visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também possibilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo uma visão abrangente do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
Aviso Importante
As informações contidas nesta análise são exclusivamente para fins informativos e não configuram recomendação de compra ou venda de ativos. A – não se responsabiliza por decisões de investimento que sejam baseadas neste conteúdo.
Fonte: br.-.com