Vamos apoiar a redução de despesas da Itaipu para baratear a energia, afirma Silveira.

Ministro de Minas e Energia defende mudanças nas negociações com o Paraguai

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta quarta-feira, 15 de outubro, que o governo brasileiro irá defender, nas negociações com o Paraguai, a eliminação dos chamados “gastos socioambientais” relacionados à hidrelétrica de Itaipu Binacional. O objetivo dessa iniciativa é reduzir o custo da energia no Brasil.

As conversações estão inseridas no contexto do chamado “Anexo C”, que aborda as novas condições financeiras de comercialização de energia da hidrelétrica, 50 anos após a assinatura do Tratado de Itaipu.

“Nós decidimos defender na negociação do Anexo C, junto ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), que a partir de janeiro de 2027, os gastos socioambientais sejam encerrados para que possamos reduzir o preço da energia no Brasil. Acreditamos que o custo da energia é um insumo essencial para o desenvolvimento nacional”, afirmou o ministro durante uma audiência na Câmara dos Deputados.

Conforme o ministro, essa postura foi estabelecida em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contando com o apoio do Ministério da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Silveira, em uma reunião da Comissão de Relações Exteriores, ressaltou que as negociações sobre Itaipu são bilaterais e tratadas de forma diplomática. Ele afirmou que as alterações dependem da concordância de ambos os países envolvidos.

“Existem esses gastos ambientais, que se referem a despesas que excedem o Custo Unitário do Serviço de Eletricidade (Cuse), desde 2005. Essas despesas são de responsabilidade discricionária do governo brasileiro e do governo paraguaio. Elas ocorrem desde 2005, abrangendo todas as administrações governamentais”, destacou.

Leilão de baterias para armazenamento de energia

Em sua fala na audiência, Silveira também anunciou que o primeiro leilão de baterias para armazenamento de energia elétrica será realizado em dezembro deste ano. De acordo com o ministro, esse leilão será considerado “histórico” e representará um passo importante para enfrentar os desafios do setor elétrico, especialmente no que diz respeito ao crescimento das energias renováveis.

“Agora teremos a capacidade de armazenar a energia gerada pelo vento utilizando baterias. Quero anunciar em primeira mão que realizaremos o primeiro leilão de baterias ainda este ano, em dezembro. Será um leilão histórico, com a participação de indústrias do mundo inteiro”, declarou.

Conforme informações já divulgadas, o setor de armazenamento de energia estima movimentar cerca de R$ 40 bilhões na próxima década, oriundos de um leilão nacional voltado para a reserva de capacidade.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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