Adiamento no Lançamento de Veículos Elétricos da Porsche
A Porsche AG anunciou, nesta sexta-feira, dia 19, a decisão de adiar os planos para o lançamento de seus veículos elétricos. Os motivos para essa mudança incluem a demanda fraca, a pressão no mercado da China e o aumento das tarifas nos Estados Unidos. Esse adiamento impactou negativamente as perspectivas da fabricante de carros de luxo e também da Volkswagen, sua controladora, reduzindo as expectativas para 2025.
Impacto Financeiro na Volkswagen
A Volkswagen, reconhecida como a maior montadora de automóveis na Europa, informou que a revisão de produtos em sua subsidiária Porsche resultará em um impacto financeiro de aproximadamente 5,1 bilhões de euros. Essa ampla revisão implica uma mudança significativa para a fabricante do icônico modelo 911, e é esperada uma redução no lucro operacional da Porsche de até 1,8 bilhão de euros para este ano.
Replanejamento de Lançamentos de Veículos
A Porsche declarou que, devido ao atraso nas inovações em eletromobilidade, o lançamento de determinados modelos de veículos totalmente elétricos será adiado para uma data posterior. Além disso, a montadora indicou que o novo veículo esportivo, que estará acima do modelo Cayenne, não será disponibilizado inicialmente como um veículo totalmente elétrico. Em vez disso, os consumidores terão acesso a opções com motor a combustão e modelos híbridos.
Extensão do Período de Produção
A empresa também comunicou que o período de produção dos modelos de veículos que atualmente utilizam motor a combustão e híbrido será prolongado, levando em conta as novas estratégias de lançamento e a adaptação às mudanças do mercado.
Expectativas de Margem e Retorno Operacional
A Porsche AG expressou a expectativa de que sua margem EBITDA, que mede a lucratividade das operações, ficará entre 10,5% e 12,5%. Essa previsão é uma queda em relação às expectativas anteriores, que variavam entre 14,5% a 16,5%.
Por sua vez, a Volkswagen atualizou suas projeções de retorno operacional sobre as vendas para 2025, agora estimando uma faixa entre 2% a 3%. Anteriormente, a montadora havia previsto que esse retorno ficaria entre 4% a 5%.