Wall Street sinaliza preocupação com risco de crédito nos EUA; compreenda as ameaças.

Problemas de Empréstimos Inadimplentes no Setor Financeiro

Vários grupos financeiros estão enfrentando dificuldades relacionadas a empréstimos inadimplentes, o que vem aumentando as preocupações em Wall Street sobre potenciais problemas futuros.

Nos últimos dias, os investidores direcionalizaram sua atenção, primeiramente, para o Jefferies Financial Group, um banco de investimento que possui pelo menos US$ 45 milhões em exposição à First Brands, uma fornecedora de peças automotivas que entrou com pedido de falência no mês passado.

No entanto, no dia 16 de outubro, houve uma mudança de foco também para dois bancos regionais: o Western Alliance Bancorp e o Zions Bancorp, que enfrentam preocupações similares em relação a alguns de seus empréstimos.

As ações dos três bancos sofreram perdas significativas, sendo as maiores registradas em mais de seis meses na quinta-feira. Essa apreensão se refletiu no mercado como um todo, resultando em uma queda de 0,65% no índice Dow Jones naquele dia.

Simultaneamente, os investidores começaram a migrar para ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, além de ouro e prata.

Essa situação evoca lembranças da crise bancária regional de 2023, e muitos se perguntam se isso representa um risco para o mercado de forma geral ou se se trata de sinais de alertas isolados.

A Jefferies, assim como diversos outros grupos financeiros, ofereceu financiamento à First Brands por meio de um mecanismo chamado factoring terceirizado. Esse procedimento ocorre quando uma empresa se compromete a pagar os credores assim que um de seus clientes salda um débito.

Contudo, credores afirmam que a First Brands utilizou a mesma fatura em múltiplas ocasiões para acessar fundos de credores privados, os quais não tinham conhecimento da dupla cobrança. Isso sugere que credores como a Jefferies talvez não tivessem concedido financiamento à First Brands se tivessem uma visão mais completa da situação.

No total, a exposição de US$ 45 milhões da Jefferies à First Brands representa menos de 5% de sua renda antes de impostos do ano anterior, indicando que tal exposição é improvável de causar a falência da instituição.

O CEO da Jefferies, Rich Handler, e o presidente Brian Friedman, destacaram isso em um comunicado divulgado no início da semana, com a intenção de tranquilizar os investidores. No entanto, a preocupação predominante entre os investidores reside na possibilidade de a Jefferies não ter percebido sinais de alerta neste caso, que está sendo investigado pelo Departamento de Justiça por possível fraude, assim como em outros potenciais problemas em andamento. A empresa optou por não comentar mais sobre o assunto.

Desdobramentos Relacionados à Western Alliance e Zions Bancorp

Na quinta-feira, ambas as ações – da Western Alliance e da Zions – apresentaram quedas superiores a 10% após a revelação de que essas instituições financeiras concederam empréstimos a empresas que, segundo as mesmas, as enganaram.

A Zions divulgou em um documento registrado na Securities and Exchange Commission que prevê perdas em torno de US$ 60 milhões em decorrência desses problemas.

A Western Alliance, por sua vez, não revelou qual é a sua expectativa de perdas. Em vez disso, indicou em um comunicado divulgado na manhã de quinta-feira que “iniciou uma ação judicial alegando fraude por parte do mutuário”, afirmando que agora possui um maior número de empréstimos que correm riscos de inadimplência.

Representantes da Zions e da Western Alliance não atenderam aos pedidos de comentários feitos pela CNN.

Preocupações Mais Amplas no Mercado Financeiro

Conforme ressaltou o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, nesta semana, antes que surgissem informações sobre a Zions e a Western Alliance: “Quando você vê uma barata, provavelmente há mais”.

O JPMorgan, que é o maior banco do país, também está se preparando para enfrentarR$ 170 milhões em prejuízos relacionados a empréstimos inadimplentes concedidos à Tricolor, outra empresa que também declarou falência no mês passado.

Advogados que representam os administradores da Tricolor afirmaram que a empresa estava envolvida em práticas fraudulentas, conforme reportado pela Bloomberg. Essa situação levanta uma questão pertinente: quantas outras “baratas” poderão ser encontradas neste cenário financeiro em deterioração?

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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