XP (XPBR31) despenca após resultados, mesmo com lucro recorde; será uma oportunidade?

Resultados do Segundo Trimestre da XP Inc.

A XP Inc. (XPBR31) divulgou os resultados do segundo trimestre, que, apesar de apresentarem um recorde de lucro, geraram preocupações entre analistas.

Desempenho das Ações

Por volta das 15h38, as ações da XP caíam 6,60%, cotadas a R$ 88,74.

Lucro e Expectativas

Na noite da última segunda-feira (18), a empresa anunciou um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão, representando um aumento de 18% em comparação ao mesmo período de 2024. Esse resultado superou as estimativas da LSEG, que previam um lucro de R$ 1,26 bilhão.

Captação em Queda

Apesar do lucro expressivo, a captação líquida total foi de apenas R$ 10 bilhões, muito abaixo dos R$ 32 bilhões registrados no segundo trimestre de 2024 e dos R$ 24 bilhões do primeiro trimestre deste ano.

As receitas líquidas cresceram 6%, totalizando R$ 4,46 bilhões, com destaque para o crescimento no segmento de varejo. Contudo, o Itaú BBA observou que esse crescimento foi inferior ao esperado.

Outras métricas também apresentaram resultados positivos. A margem bruta melhorou devido à redução das despesas com comissões, o que foi considerado um fator significativo para que a XP superasse as projeções. As despesas administrativas apresentaram um desempenho melhor, elevando o lucro antes dos impostos em 4% e o lucro líquido em 7% em relação ao primeiro trimestre. Segundo o Itaú BBA, a gestão de margens foi eficaz, mas a dinâmica mais fraca da receita líquida foi um fator a ser considerado.

Avaliação do Banco Safra

O Banco Safra destaca que a receita apresentou um desempenho abaixo do esperado, ficando 3% abaixo da estimativa conservadora. O banco apontou a subperformance em relação ao BTG Pactual (BPAC11), cuja receita cresceu 39% em relação ao ano anterior. O Safra também expressou frustração com o desempenho do Net New Money (NNM) — novo dinheiro líquido — que ficou abaixo da meta trimestral de R$ 20 bilhões.

Além disso, o Safra afirmou ter adotado uma postura mais conservadora em relação à XP, considerando os desafios para manter a vantagem competitiva da empresa.

Perspectivas do BTG Pactual

O BTG Pactual mencionou que as ações da XP caíram 15% desde o final de junho, refletindo dois fatores principais: a correção do mercado brasileiro, com fluxos estrangeiros mais fracos, e o tom conservador da alta administração em relação ao NNM e ao crescimento de receitas para 2025.

Apesar da insatisfação com o desempenho em relação à concorrência, o BTG vê valor nas ações da XP. Os analistas afirmaram que o balanço da empresa melhorou, o retorno sobre o patrimônio (ROE) continua a crescer e a geração de capital se estabilizou. Para o banco, as ações da XP apresentam assimetria em relação ao mercado, com uma perspectiva positiva nos próximos 12 a 18 meses.

O preço-alvo definido pelo BTG é de US$ 22 por ADR, com recomendação de compra.

Recomendação dos Bancos

Tanto o Itaú quanto o Safra mantêm uma recomendação neutra em relação às ações da XP.

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