Ibovespa encerra com avanço de 0,56%, apoiado por fatores políticos, atualização do PIB e influência das commodities.

Ibovespa encerra com avanço de 0,56%, apoiado por fatores políticos, atualização do PIB e influência das commodities.

by Ricardo Almeida
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Fechamento do Ibovespa em 11 de setembro

A quinta-feira, 11 de setembro, apresentou um novo recorde de fechamento para o Ibovespa (BOV:IBOV), que registrou uma alta de 0,56%, terminando o pregão a 143.150 pontos, impulsionado por desenvolvimentos no noticiário político e uma percepção melhorada sobre o governo atual. O volume de negócios alcançou R$ 14,1 bilhões, que se alinha com a média das últimas 50 sessões, que foi de R$ 14,3 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) seguiu a tendência de alta, embora em um ritmo mais moderado.

Fatores que Influenciaram o Mercado

A reação do mercado brasileiro foi motivada por uma combinação de fatores. Em termos internos, uma pesquisa realizada pelo DataFolha mostrou uma melhora na aprovação do governo Lula, o que trouxe um senso de alívio entre os investidores. Entretanto, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) adicionou um certo grau de cautela ao clima do mercado.

Do lado econômico, o Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB para 2025, ao mesmo tempo em que reduziu as expectativas de inflação. No cenário internacional, os investidores estavam atentos aos indicadores da economia dos Estados Unidos, que mostraram sinais de desaquecimento, assim como a queda do dólar global (CCOM:DXY) e novos indícios de desaceleração na economia chinesa, refletidos nos preços do minério de ferro. Além disso, as tensões geopolíticas no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia continuaram a impactar o mercado de commodities, especialmente em relação ao petróleo Brent (CCOM:OILBRENT).

Destaques no Pregão

Entre os destaques do pregão, as seguintes empresas se destacaram:

  • Vale (BOV:VALE3): A gigante do minério de ferro avançou 0,78%.
  • Localiza (BOV:RENT3): A empresa líder em locação de veículos no Brasil teve uma alta de 3,62%.
  • Eletrobras (BOV:ELET3): A empresa do setor de energia elétrica subiu 1,47%, contribuindo para os ganhos do índice.

Maiores Altas Percentuais

As ações que tiveram as maiores altas percentuais no pregão foram:

  • Magazine Luiza (BOV:MGLU3): Cresceu 8,11%, destacando-se no varejo digital.
  • Vivara (BOV:VIVA3): A joalheria líder no Brasil registrou um incremento de 4,99%.
  • Cyrela (BOV:CYRE3): A construtora de imóveis residenciais teve uma valorização de 4,91%.

Quedas no Mercado

Por outro lado, algumas ações apresentaram quedas significativas:

  • GPA (BOV:PCAR3): A tradicional rede de supermercados desabou 5,39%.
  • Caixa Seguridade (BOV:CXSE3): O braço de seguros e previdência da Caixa Econômica recuou 2,46%.
  • Totvs (BOV:TOTS3): A líder em software de gestão empresarial viu suas ações caírem 1,40%.

Mercado de Juros Futuros

O mercado de juros futuros da B3 encerrou o dia sem um direcionamento claro. Vértices curtos da curva subiram até 3 pontos-base, refletindo uma cautela nas expectativas de curto prazo. Em contrapartida, os vértices médios e longos recuaram até 4 pontos-base, impulsionados pelo alívio inflacionário e interpretações mais otimistas da política fiscal. Entre os contratos mais negociados, o DI para janeiro de 2026 (BMF:DI1FUT) teve uma leve queda, enquanto os contratos de longo prazo apresentaram um recuo mais acentuado, reafirmando a expectativa de uma acomodação da curva de juros.

Destaques Corporativos do Dia

Alpargatas (ALPA4)

A Alpargatas informou que seus acionistas aprovaram, em assembleia geral extraordinária (AGE) realizada na quarta-feira, 10 de setembro, uma redução de capital social no montante de R$ 850 milhões, que será devolvido diretamente aos investidores. Esse movimento não altera o número de ações em circulação, nem a participação acionária dos sócios.

BTG Pactual (BPAC11)

O Banco BTG Pactual emitiu um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta manhã, desmentindo qualquer envolvimento em negociações para a aquisição de participação na Cosan. A declaração foi em resposta a uma reportagem do jornal O Globo, que indicava interesse do presidente do banco, André Esteves, em adquirir uma parcela significativa da holding, o que o tornaria co-controlador do grupo de Rubens Ometto.

Caixa Seguridade (CXSE3)

A Caixa Seguridade anunciou a destituição de Felipe de Vasconcelos Soares Montenegro Mattos do cargo de diretor-presidente (CEO). O Conselho de Administração decidiu que, até a eleição de um novo executivo, a função será exercida interinamente por Edgar Vieira Soares, atualmente Diretor de Finanças e Relações com Investidores.

Embraer (EMBR3)

A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves globalmente, definiu uma meta ambiciosa: entregar 100 jatos comerciais anualmente até 2028. O presidente-executivo Francisco Gomes Neto afirmou que os gargalos na cadeia de suprimentos continuam sendo o maior desafio, mas enfatizou que a demanda segue elevada, com a carteira de pedidos praticamente fechada até 2027.

IRB (IRBR3)

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevou os ratings de crédito do IRB-Brasil Resseguros e suas debêntures de ‘brAA+’ para ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil. A perspectiva do rating de emissor permanece "estável".

Light (LIGT3)

A Light obteve uma vitória significativa na Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), instância máxima do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), onde foram anuladas autuações referentes à dedutibilidade de perdas devido a furto de energia, que totalizavam R$ 2,4 bilhões, nos exercícios de 2016 e 2017.

Méliuz (CASH3)

A Méliuz S.A anunciou, na quarta-feira, 11 de setembro, a implementação de uma estratégia de derivativos envolvendo a venda de opções de venda de Bitcoin, devidamente garantidas por reservas em caixa. O objetivo desse movimento é gerar rendimento adicional e aumentar gradativamente as reservas da companhia, sem comprometer sua solidez financeira.

Neoenergia (NEOE3)

A Iberdrola, multinacional espanhola do setor de energia, anunciou a compra de 30,29% da Neoenergia que pertenciam ao fundo de pensão Previ, por R$ 11,95 bilhões (cerca de US$ 2,21 bilhões). Com essa operação, a participação da Iberdrola na empresa brasileira sobe de 53,5% para 83,8%, consolidando seu controle no mercado elétrico nacional.

Petrobras (PETR4)

A Petrobras completou com sucesso a emissão de títulos no mercado de capitais internacional, levantando US$ 2 bilhões (equivalentes a R$ 10,814 bilhões) por meio da sua subsidiária Petrobras Global Finance B.V. (PGF). A operação foi dividida em duas séries, uma de US$ 1 bilhão com vencimento em 2030 e outra de US$ 1 bilhão com vencimento em 2036.

Além disso, a Petrobras anunciou a contratação da fabricante de tubos de aço Vallourec, em um acordo que pode alcançar até US$ 1 bilhão em receitas, com validade até 2029, que envolve o fornecimento de tubos e serviços associados para operações offshore da estatal entre 2026 e 2029.

Oncoclínicas (ONCO3)

A Oncoclínicas confirmou, em fato relevante divulgado na noite de quarta-feira, 10 de setembro, que recebeu uma carta da gestora Starboard Asset demonstrando interesse em uma possível reestruturação financeira da companhia. A proposta envolve a aquisição de créditos de terceiros, aumento de capital e subscrição de novas ações, podendo alcançar até R$ 1,7 bilhão.

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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