Importância da Validação na Criança
Crianças precisam sentir que são vistas, ouvidas e acreditadas. Por isso, uma das ferramentas mais poderosas que os pais podem utilizar é a validação. Quando as crianças sentem que suas emoções são validadas, elas se sentem seguras. E essa sensação de segurança é fundamental para a regulação emocional, comunicação e conexão.
Como especialista certificado em ciências da infância e terapeuta licenciada, já apoiei milhares de crianças em experiências desafiadoras, que incluem diagnósticos médicos, hospitalizações, luto, trauma e perda. Em inúmeras ocasiões, testemunhei o poder da validação.
Sempre que uma criança está chateada — independentemente de você concordar ou discordar, ou de entender ou não a situação — ela precisa sentir que você acredita nela antes que consiga entrar em modo de resolução de problemas. Isso a ajuda a sair do seu cérebro emocional e a acessar seu cérebro racional.
Frases de Validação por Idade
0–2 anos: ‘Estou aqui com você.’
Para bebês e crianças pequenas, a validação é mais sentida do que ouvida, sendo expressa através do tom de voz, do toque e da presença. É fundamental que eles percebam que sua presença permanece constante mesmo em momentos difíceis.
Dizer “Estou aqui com você” e permanecer próximo demonstra que você consegue enfrentar as dificuldades ao lado deles. Essa frase comunica: “Não vou a lugar algum. Você pode contar comigo.”
Além disso, você pode combinar suas palavras com uma respiração profunda para regular suas próprias emoções, oferecendo a tranquilidade que eles mais necessitam.
3–5 anos: ‘Você não estava pronto para sair do parque, e isso te deixou chateado.’
Crianças em idade pré-escolar frequentemente se comunicam mais através do comportamento do que por palavras. Nomear o que você observa proporciona a elas uma linguagem que podem não ter ainda. É importante estabelecer limites comportamentais enquanto ainda se valida os sentimentos subjacentes.
Você poderia dizer algo como, “Você jogou o brinquedo porque estava tão frustrado. Pode tentar uma forma mais segura de expressar isso?” Essa abordagem mostra que suas emoções são reais e compreendidas, enquanto também as orienta para uma expressão mais saudável.
6–9 anos: ‘É compreensível sentir-se decepcionado.’
Crianças em idade escolar experimentam emoções com maior profundidade, mas podem não estar certas se seus sentimentos são válidos. Elas precisam que os cuidadores nomeiem e normalizem essas emoções, afirmando que é absolutamente aceitável, natural e normal sentir o que estão sentindo. Isso contribui para a construção da autoestima e confiança na capacidade de enfrentar desafios ao longo do tempo.
10–12 anos: ‘Você tem o direito de se sentir decepcionado e desejar trabalhar isso.’
Crianças mais velhas (pré-adolescentes) podem lidar com uma maior complexidade emocional. Elas podem sentir-se chateadas enquanto, ao mesmo tempo, reconhecem outra perspectiva. A validação nesse estágio significa afirmar a experiência delas, ao mesmo tempo em que se introduz uma linguagem que permite maior nuances e a possibilidade de resolução de problemas. Uma vez que seus sentimentos são validados, elas geralmente conseguem pensar sobre o que desejam fazer em seguida e o que poderia melhorar ou facilitar a situação.
13 anos ou mais: ‘Isso parece realmente difícil. Fico feliz que você tenha compartilhado comigo.’
Adolescentes se sentem validados quando há espaço para processar emoções sem minimização ou soluções imediatas. Reconhecer suas experiências e valorizar a confiança que depositam em você reforça a conexão e a segurança, além de capacitá-los a lidar com os desafios de forma mais independente.
Quanto mais seguro um adolescente se sentir, maior a probabilidade de continuar se abrindo sobre suas dificuldades e buscando apoio quando necessário.
Kelsey Mora é Especialista Certificada em Ciências da Criança e Conselheira Clínica Licenciada que oferece suporte, orientações e recursos personalizados a pais, famílias e comunidades afetadas por condições médicas, traumas, luto e estresse da vida cotidiana. Ela é proprietária de uma clínica particular, mãe de dois filhos, criadora e autora de The Method Workbooks, e Diretora Clínica da organização sem fins lucrativos Pickles Group.
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