Metade dos brasileiros de classe média e alta possui dívidas no cartão de crédito

Metade dos brasileiros de classe média e alta possui dívidas no cartão de crédito

by Fernanda Lima
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Endividamento dos Brasileiros

De acordo com a pesquisa “A relação dos brasileiros com dinheiro”, realizada pela Nexus, 51% dos brasileiros pertencentes às classes A, B e C possuem dívidas no cartão de crédito. Além disso, 28% da população relatou ter empréstimos pessoais, 17% financiam imóveis ou veículos, 8% estão endividados no cheque especial e 2% declararam possuir outros tipos de dívidas.

A incidência de dívidas no cartão de crédito é maior entre indivíduos com idades entre 25 e 40 anos, atingindo 66% desse grupo etário. No Nordeste, 58% dos moradores relataram dívidas nesse tipo. Em relação aos empréstimos pessoais, 44% dos entrevistados com mais de 60 anos afirmaram ter esse tipo de obrigação financeira.

Entre as classes sociais, a classe A se destaca, pois mais da metade da população dessa categoria (52%) não possui nenhum tipo de dívida. Entretanto, entre aqueles que têm algum nível de endividamento, 44% estão com débitos que comprometem mais de um mês de renda. Para os mais velhos, esse número chega a 58%.

A pesquisa também revelou que 63% dos brasileiros das classes A, B e C manifestam preocupações em relação à sua situação financeira futura. Dentre esses, 35% afirmaram estar muito preocupados. Apenas 2% dos entrevistados alegaram não ter qualquer preocupação relativa ao futuro financeiro, enquanto 20% se consideram moderadamente preocupados, 8% estão pouco preocupados e 6% não souberam ou não quiseram se manifestar.

As classes A, B e C foram definidas segundo o Critério Brasil, utilizado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep). Juntas, essas classes representam cerca de 120 milhões de brasileiros. As rendas médias dessas categorias variam de R$ 2,4 mil a R$ 26,8 mil.

Poupança e Gestão Financeira

Sobre a capacidade de poupança, quase metade da população (48%) declarou que consegue pagar todas as suas contas, embora o dinheiro não sobre. Outros 30% afirmaram que gerenciam suas finanças de maneira eficiente a ponto de ainda conseguir economizar. Por outro lado, 11% disseram que precisam solicitar ajuda ou recorrer a empréstimos para honrar suas obrigações financeiras; 5% optam por deixar uma ou mais contas para o mês seguinte e 6% não souberam ou não quiseram responder a essa questão.

Ao somar aqueles que não conseguem economizar com os que precisam de assistência ou atrasam pagamento de contas, chega-se a um total de 64%. Isso indica que a maior parte da população das classes A, B e C enfrenta dificuldades para poupar.

Segundo Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, essa situação torna os brasileiros mais vulneráveis a imprevistos financeiros e os afasta da possibilidade de construir um futuro financeiro sólido.

O percentual de brasileiros que pagam as contas, mas não conseguem guardar dinheiro é mais elevado entre os mais jovens (55%), os residentes na região Sudeste (53%) e aqueles que têm escolaridade até o ensino médio (51%). No Nordeste, 7% dos entrevistados que cursaram até o ensino médio relataram que precisam deixar contas para o mês seguinte por falta de recursos financeiros suficientes para o pagamento.

Moradores das regiões Norte e Centro-Oeste são os que apresentam menor preocupação em relação ao gerenciamento de suas contas, com 43% conseguindo administrar bem o dinheiro que ainda sobra após o pagamento das despesas.

Metodologia da Pesquisa

A pesquisa da Nexus foi conduzida de forma virtual, envolvendo 1.010 pessoas a partir de 16 anos, pertencentes às classes A, B e C. A coleta de dados ocorreu entre os dias 8 e 9 de agosto nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A margem de erro para a amostra total é de 3 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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