Fim das Negociações de Fusão entre Gol e Azul
A Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4) informaram na noite desta quinta-feira, dia 25, a interrupção das negociações para a fusão entre as duas companhias aéreas. O anúncio ocorre após as empresas terem assinado, no início deste ano, um memorando de entendimento para a combinação de negócios. A decisão de encerrar o projeto é atribuída ao processo de recuperação judicial da Azul.
Declaração da Gol sobre a Situação
A Gol declarou que “as partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses, resultado do foco da Azul em seu processo de Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos)”. Essa afirmação foi contida em uma carta enviada à Azul e divulgada em um comunicado ao mercado.
No mesmo comunicado, a Gol ressaltou que “a execução do MOU (Memorando de Entendimentos) e o pré-arquivamento junto ao Cade ocorreram em outro cenário e em outro momento das empresas, que não é mais o mesmo”.
Ações da Azul em Relação ao Encerramento
Além de anunciar o fim da fusão, a Azul também se manifestou, reafirmando seu compromisso com o fortalecimento da sua estrutura de capital. A empresa informou que continuará a manter seus acionistas e o mercado informado sobre quaisquer desenvolvimentos significativos relacionados ao encerramento das discussões comerciais sobre a potencial combinação de negócios.
Histórico das Conversas entre Gol e Azul
As negociações entre Gol e Azul, que visavam criar a maior companhia aérea do Brasil, se arrastaram por vários anos. Embora as empresas tenham oficializado a intenção de fusão em janeiro deste ano, o encerramento das discussões foi anunciado no final de outubro. A fusão sempre foi um tema recorrente nos círculos de fusões e aquisições (M&A) nos últimos anos. Informações surgidas no início de 2024 indicam que até mesmo a escolha do nome da nova empresa teria gerado impasses durante diversas fases das negociações.
Condições das Empresas Durante o Processo
Além da falta de resultados nos diálogos, as condições financeiras das empresas, em cada etapa do acordo, também contribuíram para a não realização da fusão. Em janeiro de 2025, quando o MOU foi apresentado, a Gol estava enfrentando dificuldades financeiras, relacionadas à sua recuperação judicial. Contudo, apenas cinco meses depois, a Azul também passou a trazer dificuldades, ao declarar que a fusão deixou de ser uma prioridade, afirmando estar “dedicando 100% do foco” em sua reestruturação.
Encerramento do Acordo de Codeshare
Juntamente com o fim das negociações de fusão, Gol e Azul também informaram o término do acordo de codeshare. Esse acordo, que foi anunciado em maio do ano passado, tinha como objetivo unir as malhas aéreas das duas companhias, permitindo que compartilhassem voos para mais de 150 destinos em todo o Brasil.
Tanto a Gol quanto a Azul asseguraram em seus comunicados que os bilhetes já vendidos no âmbito do acordo vigente seriam honrados pelas empresas, garantindo assim a continuidade do atendimento aos clientes que adquiriram passagens nesse formato antes do encerramento do acordo.
Fonte: www.moneytimes.com.br
