Futuro das Ações nos EUA Sobe em Meio a Incertezas
Os futuros das ações dos Estados Unidos apresentaram um aumento no início da manhã de segunda-feira, enquanto os investidores observavam a possibilidade de uma iminente paralisação do governo norte-americano.
Alta dos Índices
Os contratos relacionados ao Índice Dow Jones Industrial Average (YM=F) e ao S&P 500 (ES=F) subiram cerca de 0,4%. Os futuros do Nasdaq 100 (NQ=F), que é composto em sua maioria por ações de tecnologia, tiveram um aumento de 0,5%.
Possibilidade de Paralisação do Governo
Uma paralisação do governo dos Estados Unidos ainda é possível até quarta-feira desta semana, o que gera incertezas sobre a liberação de dados econômicos importantes. Dentre esses dados, destaca-se o aguardado relatório mensal sobre o emprego, que será divulgado na sexta-feira e é considerado crucial para a análise da economia pelo Federal Reserve. Esse relatório exerce influência nas apostas sobre cortes nas taxas de juros, que ajudam a impulsionar os mercados.
Uma reunião entre o ex-presidente Donald Trump e líderes do Congresso está prevista para acontecer na segunda-feira. Esse encontro pode ser a última esperança para evitar a paralisação.
Dados Econômicos e Expectativas
Na semana passada, as solicitações de auxílio-desemprego ficaram abaixo do esperado, e a taxa de crescimento do PIB foi revista para cima, desencadeando discussões sobre a possibilidade de o Federal Reserve não relaxar a política monetária com a intensidade que muitos esperavam. Essa situação coloca ainda mais peso no relatório de empregos de setembro, com economistas de Wall Street projetando que a economia dos Estados Unidos criou 43.000 novas vagas de trabalho no setor privado durante o mês. A taxa de desemprego é prevista para permanecer em 4,3%.
Desempenho das Ações
Enquanto isso, os investidores tentaram se recuperar depois de uma semana de perdas, que evidenciou fissuras nas negociações de ações voltadas para a inteligência artificial, além de anúncios inesperados de tarifas pelo presidente Trump para o dia 1º de outubro. Todos os três principais índices de ações apresentaram quedas. O S&P 500 (^GSPC) caiu 0,3%, marcando sua pior semana desde o início de agosto, enquanto o Nasdaq (^IXIC) teve uma queda de 0,7%. O Dow (^DJI) perdeu 0,2%, interrompendo uma sequência de três semanas de alta.
Apesar desse recuo, as ações ainda estão em trajetória positiva para concluir setembro — e o terceiro trimestre — com ganhos. O S&P 500 acumula um aumento de 2,8% no mês até agora, enquanto o Dow passou a registrar um acréscimo de 1,5%. O Nasdaq, impulsionado pela tecnologia, subiu 2,9%.
Próximos Relatórios de Empresas
Os relatórios de lucros estão previstos para serem relativamente escassos. O relatório da Nike (NKE), programado para quarta-feira, será a principal atualização corporativa da semana. A companhia de cruzeiros Carnival (CCL) também divulgará seus resultados nesta segunda-feira. Os grandes bancos darão início à temporada de lucros do terceiro trimestre de forma mais intensa em meados de outubro.
Ouro em Alta e Dólar em Baixa
Aumento do Ouro
O preço do ouro (GC=F) atingiu um novo patamar, ultrapassando a marca de US$ 3.800 por onça, impulsionado pela insegurança governamental e pela fraqueza do dólar, que estimularam a demanda pelo ativo considerado seguro em tempos incertos.
Queda do Petróleo
Em paralelo, o preço do petróleo registrou uma queda durante a noite de domingo, com um aumento programado na produção da OPEC+, o que pressiona o preço do produto. O petróleo Brent (BZ=F) caiu para menos de US$ 70 por barril após um aumento de 5,2% na semana anterior, enquanto o West Texas Intermediate (CL=F) estava em torno de US$ 65. A aliança liderada pela Arábia Saudita está considerando aumentar a produção em pelo menos 137.000 barris por dia, conforme informado por fontes próximas às discussões.
Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados estão adotando uma estratégia para recuperar participação de mercado em vez de seu papel habitual de gerenciamento de preços, reativando uma camada adicional de produção que havia sido suspensa. Apesar disso, os preços se mantiveram relativamente estáveis, sustentados por uma forte demanda da China.
Entretanto, a Agência Internacional de Energia prevê um excesso recorde de oferta em 2026, à medida que a OPEC+ continua a reativar a produção e o fornecimento de concorrentes da organização aumenta. A Goldman Sachs Group Inc. prevê que o preço do Brent cairá para a faixa média dos US$ 50 por barril no próximo ano, apesar do acúmulo de estoques de petróleo na China.
Fonte: finance.yahoo.com