Os 'ajustes' para mostrar o valor verdadeiro da ação, de acordo com o BTG; banco aumenta a meta de preço para R$ 27.

Os ‘ajustes’ para mostrar o valor verdadeiro da ação, de acordo com o BTG; banco aumenta a meta de preço para R$ 27.

by Ricardo Almeida
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BTG Pactual Revisa Preço-Alvo das Ações da Vibra Energia

O BTG Pactual, importante banco de investimento brasileiro, atualizou a avaliação das ações da Vibra Energia (símbolo VBBR3), elevando o preço-alvo de R$ 25 para R$ 27. A análise do banco aponta que, apesar de o múltiplo preço/lucro (P/L) ser frequentemente considerado a métrica padrão para distribuidoras de combustíveis, o caso da Vibra demanda ajustes que reflitam seu valor real.

Ajustes Necessários na Avaliação da Vibra

Segundo informações fornecidas pelo BTG Pactual, existem três fatores que distorcem a interpretação convencional do P/L da Vibra: o uso de juros sobre capital próprio (JCP) como benefício fiscal, a amortização do ágio gerado pela aquisição da Comerc e a significativa posição de créditos de ICMS. Ao considerar esses ajustes, a Vibra é estimada a negociar a um P/L de 9,0 vezes em 2026, em contraste com 10,9 vezes na análise tradicional. Para o BTG, esse cenário reforça a atratividade das ações da companhia.

Implicações da Amortização do Ágio da Comerc

O BTG Pactual acredita que a amortização do ágio proveniente da aquisição da Comerc deve se tornar um fator relevante tanto para a performance dos resultados quanto para a reprecificação das ações da Vibra. A aquisição gerou cerca de R$ 2,8 bilhões em ágio e, a partir de 2026, o banco estima um benefício fiscal recorrente de R$ 192 milhões por ano. Este impacto, segundo a análise do BTG, ainda não está refletido no consenso do mercado, adicionando um valor presente líquido de R$ 753 milhões às métricas da Vibra.

Créditos de ICMS e Projeções Futuras

Outro ponto importante indicado pelo BTG refere-se aos créditos de ICMS. O banco destaca que esses créditos foram acumulados em razão do descompasso gerado pelas Leis Complementares 192 e 194, as quais reduziram as alíquotas após a aquisição de combustíveis que incorporavam tributos mais altos. Para o terceiro trimestre de 2025, a instituição financeira projeta margens de Ebitda superiores à média histórica, com o valor estimado de R$ 164/m³. Este crescimento nas margens será impulsionado por uma maior participação da Petrobras, uma janela de importação fechada e um mercado mais restrito.

Expectativas em Relação ao Mercado

Conforme observado pelo BTG, como a maior distribuidora independente de combustíveis do Brasil, a Vibra possui um conjunto de oportunidades que podem contribuir para seu crescimento. Entre as expectativas, destaca-se a possibilidade de aproveitar mudanças regulatórias favoráveis, monetizar créditos tributários, continuar a amortização do ágio da Comerc e a eventual entrada de um investidor estratégico.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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