Preços do petróleo se reúnem após atingir mínimas em cinco meses, enquanto mercados esperam por conversas entre EUA e China.

Preços do petróleo se reúnem após atingir mínimas em cinco meses, enquanto mercados esperam por conversas entre EUA e China.

by Ricardo Almeida
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Aumento nos Preços do Petróleo

Os preços do petróleo bruto apresentaram uma elevação na segunda-feira, 13 de novembro, recuperando parte das perdas significativas registradas na sessão anterior. Esse movimento se deu em um contexto em que os investidores estavam atentos à possibilidade de retomar negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, uma medida que poderia aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo, que também são os principais consumidores de energia global.

Valores dos Contratos Futuros

Às 6h58 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para dezembro tiveram um aumento de US$ 1,19, correspondente a 1,90%, atingindo o valor de US$ 63,92 por barril. Essa recuperação ocorreu após uma queda de 3,82% na sexta-feira, 10 de novembro, que foi o fechamento mais baixo desde 7 de maio. No mesmo sentido, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos, com entrega para novembro, subiu US$ 1,23, ou 2,09%, alcançando US$ 60,13 por barril, após um recuo de 4,24% na sessão anterior, marcando seu nível mais baixo desde o início de maio. É importante mencionar que a segunda-feira coincide com um feriado em diversas regiões dos Estados Unidos.

Análise das Quedas Anteriores

Conforme apontou Suvro Sarkar, analista de energia do DBS Bank, a queda nos preços observada na semana anterior foi, em grande parte, uma consequência do cessar-fogo em Gaza, além de um aumento na volatilidade comercial entre os EUA e a China, após o anúncio do prazo final para a trégua comercial, que está previsto para 10 de novembro. Sarkar também acrescentou que a recente queda no mercado parece estar "limitada pela disposição de ambas as partes em negociar", observando que a direção dos preços a curto prazo dependerá fortemente do resultado das negociações que estão por vir.

Tensões Comerciais

As tensões entre os países aumentaram na semana anterior, especialmente após a China anunciar a ampliação de suas restrições sobre a exportação de terras raras. Como reação a essa medida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo implementaria tarifas de 100% sobre as exportações chinesas, além de estabelecer novos controles de exportação sobre "todo e qualquer software crítico" até 1º de novembro.

No entanto, no fim de semana, Trump fez uma tentativa de amenizar as preocupações do mercado, publicando em sua conta no Truth Social: “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem!”

Possível Encontro entre Líderes

Esses últimos desenvolvimentos antecedem um possível encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, que deve ocorrer à margem do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que acontece na Coreia do Sul. Jamison Greer, representante comercial dos Estados Unidos, indicou que essa reunião ainda pode acontecer no final deste mês.

Expectativas de Análise

Analistas do Goldman Sachs emitiu uma nota na qual indicam que "o cenário mais provável parece ser que ambos os lados recuem nas políticas mais agressivas". Eles acreditam que as negociações podem conduzir a uma nova e possivelmente indefinida extensão da pausa na escalada tarifária que foi alcançada em maio. Entretanto, alertam que o risco de uma nova escalada ainda persiste, o que poderia resultar em elevações temporárias das tarifas ou na implementação de medidas de exportação mais rigorosas.

Reatividade do Mercado de Petróleo

O mercado de petróleo tem demonstrado uma elevada sensibilidade às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os preços do petróleo, por exemplo, caíram dramaticamente no início de 2023 em resposta a crises anteriores.

Importações de Petróleo pela China

Adicionalmente, dados alfandegários revelaram que as importações de petróleo bruto da China aumentaram 3,9% em relação ao ano anterior durante o mês de setembro, totalizando 11,5 milhões de barris por dia. Este é o nível mais alto registrado em 2025, refletindo um aumento na produção e na atividade de estocagem das refinarias chinesas.

Liberação de Reféns

No Oriente Médio, uma autoridade envolvida no processo de negociação confirmou que o Hamas liberou os primeiros sete reféns israelenses sobreviventes nesta segunda-feira. Essa ação representa a fase inicial de um acordo de cessar-fogo que foi mediado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com o intuito de finalizar o conflito em Gaza.

Fonte: br.-.com

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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