Movimentação do Ibovespa
Após um pregão desafiador na sexta-feira, o Ibovespa (IBOV) apresentou uma recuperação no dia de hoje, segunda-feira (13). O índice brasileiro teve um desempenho positivo, registrando um aumento de 1,15% e alcançando uma máxima intradia de 142.291,56.
Dados do Boletim Focus
Pela manhã, o Banco Central do Brasil divulgou o Boletim Focus, que indicou uma leve redução nas projeções de inflação para o ano de 2025, passando de 4,80% para 4,72%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as estimativas permanecem em 4,28% para 2026 e 3,90% para 2027. Em relação a 2028, a previsão foi ajustada de 3,70% para 3,68%.
Além disso, o Ibovespa se beneficia de um ambiente positivo em Wall Street, que experimenta uma recuperação após tensões recentíssimas entre China e Estados Unidos devido ao anúncio de uma tarifa de 100% sobre produtos chineses.
Tensões comerciais entre EUA e China
Na última sexta-feira, Donald Trump anunciou a implementação de uma tarifa adicional e o estabelecimento de controles de exportação sobre softwares considerados críticos, o que representa mais um capítulo na contínua guerra comercial entre essas duas potências. Contudo, no fim de semana, Trump adotou um tom menos belicoso ao comunicar que os Estados Unidos não têm a intenção de prejudicar a China, o que abriu espaço para um maior apetite por riscos no mercado nesta segunda-feira, incluindo ações e moedas de países emergentes.
Por volta das 15h15 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava uma alta de 0,98%, com pontuação de 142.057,88 pontos.
Mercados em Movimento
Além do desempenho positivo da bolsa brasileira, outros mercados também apresentavam variações significativas, destacando-se as oscilações das moedas, ouro e petróleo.
Dólar em Recuo
Enquanto o Ibovespa apresentava alta, o dólar norte-americano registrava uma queda em relação ao real. Por volta das 14h30, a moeda norte-americana recuava 1,41%, sendo cotada a R$ 5,44. Essa movimentação está associada ao tom mais conciliador do discurso de Donald Trump sobre a China.
No mesmo período, o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, avançava 0,26%, posicionando-se em 99 pontos.
Destaques no Setor de Petróleo
O setor de petróleo também se destacou neste pregão. O petróleo tipo Brent apresentava uma alta de 1,26%, sendo comercializado por US$ 63,52 por volta das 14h50. Este movimento reflete a melhora do clima no mercado, impulsionado pela diminuição das tensões entre os Estados Unidos e a China.
No Ibovespa, as ações relacionadas ao setor de petróleo operavam em alta. A Brava Energia, por exemplo, estava em evidência, repercutindo a conclusão da auditoria realizada pela ANP na Bacia Potiguar, que resultou na interdição temporária de um conjunto de instalações que já se encontravam paralisadas para adequações. De acordo com a Genial Investimentos, essa medida é considerada pontual e não afeta os fundamentos da empresa.
As ações da Petrobras subiam 0,80% para as preferenciais (PETR4) e 1% para as ordinárias (PETR3) por volta do mesmo horário. Outras empresas, como Prio e Vibra Energia, também apresentavam avanços superiores a 1%.
Ouro em Alta
Na manhã desta segunda-feira, os contratos futuros de ouro, prata e cobre estavam operando com uma alta significativa, com os contratos de ouro e prata atingindo novas máximas históricas. Esse movimento é impulsionado tanto pela guerra comercial quanto pelas expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve dos Estados Unidos.
Às 13h17 (horário de Brasília), o preço do ouro à vista aumentava 2,4%, marcando US$ 4.114,31 a onça, após alcançar um recorde de US$ 4.116,77. O contrato futuro de ouro nos EUA, para entrega em dezembro, subia 3,3%, alcançando US$ 4.133,90.
Em 2023, o ouro acumula uma alta de 56%, tendo ultrapassado a marca de US$ 4.000 pela primeira vez na semana passada. Essa valorização é impulsionada por incertezas geopolíticas e econômicas, pela expectativa de cortes nas taxas de juros nos EUA, além de um aumento significativo nas compras por parte de bancos centrais.
Phillip Streible, estrategista-chefe de mercado da Blue Line Futures, afirmou que “o ouro pode facilmente continuar sua trajetória ascendente. Podemos ver preços acima de US$ 5.000 até o final de 2026”.
*Com informações da Reuters
Fonte: www.moneytimes.com.br