Dólar atinge R$ 5,47 devido à tensão nas relações comerciais entre EUA e China.

Dólar atinge R$ 5,47 devido à tensão nas relações comerciais entre EUA e China.

by Ricardo Almeida
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Desempenho do Dólar no Mercado

Nesta terça-feira, 14 de outubro, o dólar à vista (USDBRL) apresentou um fechamento a R$ 5,4700, com uma alta de 0,14%. O dia foi marcado por instabilidades influenciadas por tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, além de novas declarações do presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, que geraram expectativas sobre cortes nas taxas de juros nos EUA.

Embora o dólar à vista tenha registrado alta, esse movimento contrasta com a tendência observada em mercados internacionais. Por volta das 17 horas (horário de Brasília), o DXY, que é um indicador que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, estava em queda de 0,23%, alcançando 99,038 pontos.

Fatores que Influenciaram a Oscilação do Dólar

A tensa relação comercial entre Estados Unidos e China continua a ser um ponto central de preocupação para os investidores. Nesta terça-feira, ambos os países começaram a implementar taxas adicionais sobre transportes marítimos, o que gerou um clima de incerteza no mercado. Esse movimento ocorreu após um breve período de alívio nas tensões, observado no último fim de semana.

A China anunciou a implementação de taxas especiais para navios que sejam de propriedade, operados, construídos ou que tenham bandeira dos Estados Unidos, porém, esclareceu que embarcações construídas internamente estarão isentas dessas taxas. Durante a tarde, o presidente norte-americano, Donald Trump, mencionou que está considerando a possibilidade de encerrar negócios com a China nos setores de óleo de cozinha e soja. Vale ressaltar que na última sexta-feira, 10 de outubro, Trump havia ameaçado impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses em retaliação às restrições que Pequim estabeleceu sobre a exportação de terras raras.

O dólar também respondeu às novas declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). Powell indicou que a fase de declínio do patrimônio do Fed, conhecido como aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês), pode estar se aproximando do fim. “Começaram a surgir alguns sinais de que as condições de liquidez estão se tornando gradualmente mais restritivas, incluindo uma firmeza geral das taxas de recompra, juntamente com pressões mais perceptíveis, porém temporárias, em datas selecionadas”, afirmou durante um evento promovido pela Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês).

O aperto quantitativo está em vigor desde 2022 e tem o objetivo de reduzir a liquidez que o Fed havia injetado nos mercados financeiros durante a pandemia da Covid-19, por meio da compra em larga escala de títulos do Tesouro e de ativos hipotecários. Essas compras buscavam estabilizar os mercados e fornecer estímulo econômico em um contexto em que a meta de taxa de curto prazo do Fed estava próxima de zero.

Jerome Powell também comentou que o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) adotará uma abordagem “reunião por reunião” em relação a qualquer nova decisão sobre cortes nas taxas de juros, buscando equilibrar a fragilidade do mercado de trabalho com o fato de que a inflação ainda se apresenta acima da meta de 2% estabelecida pelo banco central. O mercado, por sua vez, continua a apostar numa nova redução das taxas de juros nos EUA. De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, as chances de que o Fed efetue um corte na próxima reunião, marcada para 29 de outubro, são de 96,7%. No dia anterior, 13 de outubro, essa probabilidade era de 98,3%.

Aspectos do Cenário Econômico Doméstico

No que se refere ao cenário econômico brasileiro, os dados locais ficaram em segundo plano, com os investidores mantendo o foco nas questões internacionais. Dentre os dados divulgados, o volume de serviços registrou uma expansão de 0,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, conforme as expectativas levantadas em uma pesquisa realizada pela Reuters, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este resultado marca a sétima sequência mensal de crescimento no setor, acumulando um aumento total de 2,6%, representando a maior quantidade de resultados positivos desde os oito meses entre fevereiro e setembro de 2022. No entanto, o crescimento observado em agosto foi o mais modesto dentro desse período. Os dados também revelaram uma expansão de 2,5% no volume de serviços em relação ao mesmo mês do ano anterior, que também estava em linha com as previsões esperadas.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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