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Movimentação do Mercado de Ações
Parceria entre Casas Bahia e Mercado Livre pressiona varejo. Fleury, Motiva, Pão de Açúcar e Caixa Seguridade também recuam em pregão volátil.
A Magazine Luiza (BOV:MGLU3), atuante no setor de varejo e reconhecida por suas marcas como Netshoes e sua sólida presença no comércio eletrônico, liderou as perdas no pregão ao apresentar uma queda de 5,40%, encerrando o dia cotada a R$7,89. A ação iniciou o dia a R$8,48, atingindo uma máxima de R$8,53 e uma mínima de R$7,52, durante um pregão que registrou um alto volume de 48,168 milhões de papéis negociados. Essa desvalorização está diretamente relacionada ao anúncio de uma nova parceria entre Casas Bahia (BOV:BHIA3) e Mercado Livre, que aumenta a concorrência no comércio eletrônico brasileiro, especialmente no segmento de eletroeletrônicos. Relatórios recentes emitidos por instituições financeiras como JPMorgan, Citi e Bank of America, que trazem recomendações de venda e preços-alvo reduzidos (R$7,50, R$7,50 e R$4,50, respectivamente), reforçaram a cautela dos investidores, já preocupados com a queda nos lucros reportados no segundo trimestre de 2025.
Outras Ações em Queda
A Fleury (BOV:FLRY3), uma empresa do setor de saúde conhecida por sua atuação em diagnósticos médicos e pelas marcas Weinmann e Labs a+, apresentou um retrocesso de 2,15%, fechando a R$14,14, com um volume de 8,209 milhões de ações negociadas. A mínima do dia foi de R$14,03, enquanto a máxima chegou a R$14,64. Esta queda é resultado de preocupações com margens que estão sendo pressionadas devido à alta dos custos operacionais e à diminuição da demanda por serviços eletivos, em um contexto onde as taxas de juros elevadas reduzem o gasto com saúde suplementar. Mesmo com resultados estáveis no terceiro trimestre de 2025, o mercado penalizou a ação pela falta de catalisadores de curto prazo, com analistas destacando os desafios enfrentados pela empresa para se expandir em meio à concorrência com grupos como a Rede D’Or.

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🌎 Abrir minha conta NomadPor sua vez, a Motiva Infraestrutura de Data Centers (BOV:MOTV3), que opera no setor de tecnologia e infraestrutura e é conhecida por oferecer soluções em data centers e conectividade, viu sua ação cair 1,77%, atingindo R$14,98, com um volume de 10,385 milhões de papéis. O preço oscilou entre R$14,98 (mínima) e R$15,39 (máxima). A diminuição foi provocada por um ajuste técnico após recentes altas e também por preocupações acerca do aumento dos custos de energia, que afetam diretamente o setor de data centers. Ademais, a falta de novos contratos ou parcerias significativas contribuiu para a realização de lucros.
O Pão de Açúcar (BOV:PCAR3), empresa do setor de varejo alimentar e proprietária de marcas como Extra e Compre Bem, experimentou uma queda de 1,13%, fechado o dia a R$3,50, com um volume de 12,789 milhões de ações, variando entre R$3,35 (mínima) e R$3,61 (máxima). A pressão sobre a ação se deu em função da intensa concorrência com a Assaí (BOV:ASAI3), que reportou uma sólida geração de caixa de R$3,1 bilhões no terceiro trimestre de 2025, além da percepção de que o varejo alimentar enfrenta desafios em relação às margens apertadas e à inflação persistente. Em 2025, a ação já acumula uma desvalorização expressiva, refletindo as dificuldades na recuperação de participação de mercado.
A Caixa Seguridade (BOV:CXSE3), que opera no setor de seguros, focando em produtos como seguros de vida, seguros residenciais e previdência, sofreu uma queda de 1,01%, negociada a R$14,70, com um volume de 4,558 milhões de ações e flutuações entre R$14,64 (mínima) e R$14,97 (máxima). Esta baixa foi influenciada por um movimento de realização de lucros após altas recentes e pela cautela do mercado em relação ao setor financeiro, que enfrenta incertezas sobre a política monetária do Banco Central e os efeitos da alta dos juros sobre a demanda por seguros.
Desempenho de Empresas do Setor de Mineração e Petróleo
Entre as grandes empresas, a Vale (BOV:VALE3), consolidada no setor de mineração e reconhecida pelo seu trabalho com minério de ferro e níquel, apresentou um recuo de 0,21%, fechando a R$61,75, com um volume de 11,217 milhões de ações. Este retrocesso ocorreu mesmo diante da alta de 0,39% no minério de ferro na bolsa de Dalian, sugerindo que é um ajuste técnico após a euforia provocada pela prévia operacional do terceiro trimestre de 2025, que registrou produção recorde. Por outro lado, a Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A), do setor de petróleo, não entrou na lista das ações em queda, apresentando apreciação de 0,47% (PETR3) e 1,04% (PETR4), impulsionada por um aumento de 5% no petróleo devido a sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia.
Setor Financeiro em Movimento
No setor financeiro, o Banco do Brasil (BOV:BBAS3), que presta serviços bancários e de crédito, viu sua cotação cair 0,24%, encerrando o dia a R$20,64 e gerando um volume de 11,428 milhões de ações. A BB Seguridade (BOV:BBSE3), com foco em seguros e previdência, recuou 0,16%, fechando a R$32,05, com um volume de negociação de 3,674 milhões de papéis. A Bradespar (BOV:BRAP4), holding com participação na Vale, também apresentou uma queda de 0,51%, sendo negociada a R$17,59. Esses recuos refletem as preocupações com a taxa Selic elevada e a perspectiva de margens menores em um cenário de crédito mais restritivo, além de ajustes decorrentes do recente rali nas ações financeiras em semanas anteriores.
Análise Técnica da Magazine Luiza
A análise técnica da Magazine Luiza (MGLU3) indica um cenário de baixa no curto prazo. O candlestick do dia não apresentou um padrão claro; no entanto, o histórico recente revela formações como “Três Corvos Negros” (13/10) e “Engolfo de Baixa” (06/10), indicando uma pressão vendedora intensa. Os indicadores técnicos mostram que 46,15% (6 de 13) apontam para uma tendência de baixa, com as Médias Móveis de 5 e 21 períodos, HILO e Parabólico SAR sinalizando venda. O Índice de Força Relativa (IFR) permanece neutro, situando-se entre 30 e 70. O suporte em R$6,88 é crítico: caso seja rompido, a ação poderá testar os níveis de R$6,62 ou até mesmo R$6,30. Para que haja uma reversão dessa tendência, seria necessário romper a resistência de R$8,56, com objetivo em R$9,12. A volatilidade observada reflete a sensibilidade à notícia da parceria entre Casas Bahia e Mercado Livre.
Fonte: br.-.com
