Não é apenas o consumidor que enfrenta fraudes na Black Friday: descubra a autofraude e os riscos para o varejo.

Não é apenas o consumidor que enfrenta fraudes na Black Friday: descubra a autofraude e os riscos para o varejo.

by Ricardo Almeida
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O aumento das fraudes no comércio eletrônico durante a Black Friday

Com o crescimento do comércio eletrônico e a ampliação das transações comerciais durante a Black Friday, surge uma crescente preocupação com um tipo específico de golpe, que é praticado por consumidores. Este fenômeno, conhecido como autofraude, se destaca entre as fraudes cibernéticas tradicionais.

A Black Friday, que movimenta bilhões de reais e estimula as vendas digitais, também traz à tona uma ameaça sutil: a autofraude. Diferentemente das fraudes convencionais, que envolvem hackers e roubo de identidade, este golpe é efetuado por clientes legítimos que usam suas próprias informações — como nome, CPF e dados bancários — para obter vantagens de maneira indevida.

Essa situação preocupa o comércio, uma vez que não depende de invasões cibernéticas, mas sim de comportamentos oportunistas que se disfarçam de transações legítimas. Assim, a responsabilidade insere-se no comportamento do consumidor, que pode manipular sistemas para obter ganhos pessoais.

O que é a autofraude e como ela acontece

A autofraude representa um desafio interno, sendo de difícil detecção. Ocorre quando um cliente manipula o sistema em benefício próprio, aproveitando-se de brechas operacionais que possam existir.

Entre as práticas mais comuns que caracterizam esse tipo de fraudes, destacam-se:

  • Uso indevido de cupons de desconto;
  • Abuso nas políticas de devolução;
  • Utilização de informações falsas para criar contas e obter promoções.

Embora essas ações possam parecer isoladamente inofensivas, quando praticadas em larga escala, causam prejuízos consideráveis ao setor, resultando em perdas financeiras significativas.

Um risco crescente com o aumento das vendas

Conforme dados fornecidos pela Serasa Experian, o Brasil enfrentou aproximadamente 3,5 milhões de tentativas de fraudes no primeiro trimestre de 2025, indicando um aumento de 22,9% se comparado ao mesmo período de 2024.

Com a previsão de que a Black Friday 2025 gere um montante de R$ 13,34 bilhões, conforme estimativas da Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (ABIACOM), o alerta para empresas e consumidores está elevado: quanto maior o número de transações, maior a exposição a comportamentos fraudulentos.

Como o varejo pode se proteger

Como aponta Ricardo Wodianer, Customer Success and Growth Manager da Provenir, a autofraude é um tipo de ameaça que exige uma nova mentalidade das empresas para lidar com suas implicações.

“A autofraude é um risco invisível, mas com efeitos muito concretos. Ela exige que o varejo vá além da análise de crédito tradicional e adote uma abordagem preditiva e inteligente para proteger suas operações”, declara Wodianer.

Entre as soluções recomendadas, destacam-se:

  • Modelos preditivos e machine learning, que ajudam na identificação de inconsistências de renda e comportamento;
  • Análise em tempo real de transações suspeitas;
  • Sistemas de decisão automatizados, que permitem o bloqueio de operações antes que causem prejuízos significativos.

Essas ferramentas são fundamentais para prevenir perdas e preservar as margens de lucro, principalmente durante períodos de alta intensidade de vendas, como a Black Friday.

O que o consumidor precisa saber

Mesmo os clientes legais podem ser afetados pela alta dos casos de fraudes. Com o aumento das reclamações, os varejistas tendem a adotar políticas mais rigorosas sobre crédito, devoluções e cashback, o que acaba restringindo os benefícios para aqueles que atuam de forma correta.

Algumas práticas que podem ajudar a garantir a segurança incluem:

  • Evitar compartilhar dados pessoais e bancários fora de websites oficiais;
  • Não abusar das políticas de devolução e recompensas;
  • Manter cadastros e informações financeiras atualizados;
  • Desconfiar de promoções que solicitam autenticação fora das plataformas autorizadas.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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