Vale (VALE3) se destaca na B3 nesta quinta-feira (30/10), apesar da queda no preço do minério de ferro.

Vale (VALE3) se destaca na B3 nesta quinta-feira (30/10), apesar da queda no preço do minério de ferro.

by Ricardo Almeida
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Desempenho das Ações da Vale na B3

A ação VALE3 apresentou uma valorização de 0,81%, fechando a R$ 63,84 na B3, enquanto sua ADR na NYSE teve uma queda de 0,5%, alcançando US$ 11,20. Esse movimento se deu em meio à expectativa pelo balanço do terceiro trimestre de 2025, que será divulgado após o fechamento do mercado. Apesar da retração observada nos contratos futuros de minério de ferro, tanto em Dalian (-1,2%) quanto em Cingapura (-0,99%), a mineradora brasileira demonstrou um desempenho robusto, impulsionada pela divulgação de uma produção recorde de 94,4 milhões de toneladas no período, o maior volume desde 2018.

Contexto de Mercado

O desempenho das ações na B3 reflete a confiança dos investidores na capacidade da Vale de enfrentar desafios, como a desaceleração da demanda chinesa por aço, que é o principal consumidor de minério. A ação abriu o pregão cotada a R$ 63,85, atingiu uma máxima de R$ 64,00 e uma mínima de R$ 62,93, com um volume total de 25,58 milhões de ações negociadas. Essa alta contrasta com a pressão sobre os preços das commodities, onde o minério de ferro fechou a R$ 794,5 por tonelada em Dalian (aproximadamente US$ 112,50) e a R$ 105,40 em Cingapura, o que evidencia a força do posicionamento da empresa no mercado global.

Discrepâncias entre Mercados

Na NYSE, a ADR da Vale apresentou um comportamento diferente, registrando uma queda de 0,5%. A variação de -US$ 0,06 ocorreu em um pregão de menor volume, indicativa do foco dos investidores norte-americanos nos riscos macroeconômicos, como as negociações comerciais entre os EUA e a China. Esse enfoque trouxe uma pressão maior sobre o minério do que sobre a operação diversificada da Vale, que abrange produtos como níquel e cobre. Não obstante, a ADR se manteve acima do nível mínimo de US$ 11,10, mostrando um suporte técnico.

Comparativo com o Mercado de Minério

Comparando os preços do minério de ferro, que apresentaram uma queda de aproximadamente 1% nas bolsas asiáticas devido ao acúmulo de estoques de aço na China e à sazonalidade da construção, a alta das ações da VALE3 na B3 sugere que o mercado valoriza mais a produção recorde do que as dificuldades enfrentadas na commodity. O minério em Dalian caiu 1,2% e, mesmo assim, a Vale conseguiu se valorizar em 0,81%, refletindo uma percepção de que a empresa atua como uma proteção contra a volatilidade do mercado. Projeções de preço-alvo para as ações foram revistas para cima por instituições financeiras, como Genial e BTG Pactual.

Fatores que Impactaram os Preços

Recentemente, uma prévia de produção divulgada em 21 de outubro superou as expectativas do mercado e reforçou a meta da Vale de retomar a posição de liderança no setor de mineração até o final de 2025, sem depender de aquisições. O CEO da empresa enfatizou a importância dos investimentos em tecnologias para ferro com baixas emissões, alinhando-se com as tendências de transição energética, o que atraiu investimentos voltados para critérios ESG. Adicionalmente, a ausência de novos desastres ambientais e o foco em geração de caixa potencializaram a possibilidade de dividendos extraordinários para 2025.

Revisões de Analistas

Outra razão para a valorização das ações foi a revisão das recomendações feitas por analistas. O BTG Pactual aumentou sua projeção para compra, com um preço-alvo fixado em R$ 70, considerando um múltiplo EV/EBITDA de 4x e um dividend yield que pode alcançar até 12% em 2026. A Genial também ajustou seu preço de referência para o minério de ferro para US$ 98 por tonelada para o próximo trimestre, refletindo um cenário de estoques equilibrados e demanda resiliente, o que elevou o otimismo em relação à VALE3.

Comparação com Concorrentes

A Vale se destacou em relação a seus concorrentes internacionais nesta quinta-feira (30/10). Na bolsa australiana ASX, as ações da BHP (ASX:BHP) recuaram 1,24%, fechando a AU$ 57,24, devido a preocupações relacionadas ao projeto Simandou na África. Por sua vez, a Rio Tinto (LSE:RIO) caiu 1,14% na LSE e 2,00% na NYSE, impactada por uma drástica redução de 60% no lucro do terceiro trimestre de 2025. A ArcelorMittal (TG:MT) também se desvalorizou, caindo 1,90% para €38,28 na Euronext, evidenciando margens comprimidas em siderúrgicas.

No setor, a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) obteve o pior desempenho, desvalorizando-se em 12,14%, alcançando US$ 12,38, pressionada por elevados níveis de estoque nos EUA. Em contrapartida, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) registrou uma leve alta de 0,50%, cotada a R$ 6,03, demonstrando certa resiliência em comparação com a Vale. Globalmente, a Vale teve um desempenho significativamente melhor, com um ganho de 0,81% em um contexto em que seus pares enfrentaram quedas médias de 1-2%.

Perspectivas Futuras

A liderança da Vale no pré-sal e em ativos polimetálicos, como cobre e níquel, permite uma diversificação de riscos que contribui para seu desempenho superior. Enquanto concorrentes como BHP e Rio enfrentam aumentos de custos em projetos de expansão, a Vale reportou uma geração de caixa robusta no terceiro trimestre de 2025, o que a posiciona de maneira favorável para pagar dividendos e realizar recompras.

O mercado de minério ainda é volátil, com projeções da IEA indicando um excesso de oferta em 2025. Contudo, a Vale se posiciona como uma vencedora, prevendo volumes superiores a 300 milhões de toneladas anuais. Investidores de longo prazo vislumbram um potencial de valorização das ações entre 10-15%, impulsionado por uma relação EV/EBITDA atrativa e um elevado dividend yield.

Fatores que Influenciam os Preços da VALE3

  • Minério de Ferro: A queda de 1,2% em Dalian (794,5 iuanes/US$112,50) e 0,99% em Cingapura (US$105,40) pode ser atribuída a estoques elevados de aço na China e sazonalidade na construção. Além disso, as tensões entre EUA e China adicionam um nível de incerteza ao mercado.

  • Desempenho da Vale: A produção recorde de 94,4 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2025, uma alta de 3,8% em relação ao ano anterior, superou as expectativas. Revisões positivas de analistas, como a recomendação de compra pelo BTG com preço-alvo de R$ 70, e a expectativa de balanço após o fechamento do mercado fomentam um otimismo, mesmo com incertezas quanto a dividendos extraordinários.

Análise da Vale para o Futuro Próximo

As ações da Vale (BOV:VALE3) apresentam um cenário otimista, com potenciais movimentos altistas esperados para o dia 31 de outubro. A análise técnica atual indica a formação de padrões de candlestick que sinalizam recuperação, e os indicadores técnicos mostram uma tendência de alta. É importante que traders fiquem atentos ao volume negociado e à força do rompimento de resistências, pois esses elementos poderão determinar o suporte ou a correção futura das ações.

O mercado acompanha de maneira atenta as possibilidades de um lucro entre US$ 2,01 bilhões e US$ 2,61 bilhões para o terceiro trimestre. Esse cenário, aliado à recuperação operacional da mineradora e ao desempenho positivo do minério de ferro, poderá proporcionar novas oportunidades para investidores à medida que a Vale consolida sua liderança no setor.

Fonte: br.-.com

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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