Setor Imobiliário dos EUA em Recessão
Partes da economia dos Estados Unidos, especialmente o setor imobiliário, podem já estar enfrentando uma recessão devido ao aumento das taxas de juros. Essa afirmação foi feita pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em entrevista ao programa "State of the Union", da CNN, no último domingo (2). Bessent reiterou a necessidade de que o Federal Reserve (Fed) acelere os cortes nas taxas de juros.
Análise do Ambiente Econômico
Bessent comentou sobre a situação atual da economia, afirmando que, embora a base geral permaneça sólida, existem setores, como o imobiliário, que estão em recessão. Ele destacou que as altas taxas de hipoteca têm prejudicado significativamente o mercado imobiliário. O impacto da recessão no setor habitacional é mais severo para os consumidores de baixa renda, que frequentemente enfrentam dívidas e não possuem ativos.
Vendas de Casas
A Associação Nacional de Corretores de Imóveis informou que as vendas pendentes de casas nos Estados Unidos permaneceram estáveis em setembro. Isso indica uma inércia no setor, mesmo diante das dificuldades já mencionadas.
Transição Econômica
Bessent caracterizou o atual ambiente econômico como um período de transição. Essa definição reflete a instabilidade e as incertezas que permeiam diversos setores, particularmente o imobiliário.
Reações do Fed
Na semana anterior, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que o banco central pode optar por não realizar mais cortes nas taxas de juros em sua reunião programada para dezembro. Essa postura gerou críticas de Bessent e outras autoridades do governo Trump.
Risco de Recessão
O governador do Federal Reserve, Stephen Miran, que está em licença do cargo de presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, expressou preocupações em uma entrevista publicada no New York Times no sábado (1º). Miran advertiu que o Fed poderia estar em risco de provocar uma recessão se não procedesse rapidamente com cortes nas taxas de juros.
Miran, ao retornar ao seu cargo na Casa Branca em janeiro, foi um dos dois governadores a divergir da decisão recente do Fed, que optou por um corte de 25 pontos-base nas taxas. Em vez disso, ele defendeu um corte mais significativo de 50 pontos-base, ou seja, 0,5 ponto percentual.
Apreensões sobre Políticas Monetárias
Em sua entrevista ao New York Times, Miran declarou: "Se mantivermos a política tão rígida por um longo período, corremos o risco de que a própria política monetária esteja induzindo uma recessão". Ele questionou a necessidade de manter essa linha de ação, especialmente se não houver preocupações sobre a inflação.
Redução do Déficit e Inflação
Bessent apoiou a posição de Miran, apontando que os cortes nos gastos do governo Trump foram fundamentais para reduzir a relação entre o déficit e o produto interno bruto, passando de 6,4% para 5,9%. Ele afirmou que essa redução deve contribuir para conter a inflação. Além disso, o secretário do Tesouro enfatizou que o Fed pode auxiliar nesse processo se continuar a realizar cortes nas taxas de juros.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
