
Banco Central dos EUA anunciou redução nos juros na última quarta-feira (29), mas não garantiu novos cortes para a próxima reunião, em dezembro; veja vantagens e desvantagens de investir na renda fixa estrangeira (Imagem: sasirin pamai’s Images)
Na última quarta-feira, dia 29, o Federal Reserve (Fed), que é o Banco Central dos Estados Unidos, divulgou uma nova redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do país. Esta ação dá continuidade ao processo de afrouxamento monetário que foi iniciado na última reunião, em setembro deste ano.
Mais do que apenas uma medida padrão na condução da política monetária, esta decisão pode ter um impacto significativo na economia global neste final de 2025, e isso inclui possíveis repercussões também para os investidores brasileiros.
Isso se deve ao fato de que o Fed é, em última análise, o “guardião do dólar” e da maior economia do mundo. As decisões desse banco podem influenciar tudo, desde o fluxo de capitais até a valorização de ativos em diversos países.
Um exemplo claro dessa influência é que, logo após o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, após a decisão, índices de mercado como o Dow Jones e o S&P 500 perderam os ganhos do dia, após Powell indicar que não há garantias de novos cortes de juros na próxima reunião marcada para dezembro.
Além de afetar a percepção global de risco, as decisões sobre juros – e declarações como a de Powell – trazem à tona um alerta especial na renda fixa, uma vez que os títulos dessa categoria têm as taxas de juros como referência direta para suas emissões.
Enquanto Powell deixa o cenário indefinido nos Estados Unidos, no Brasil, os agentes do mercado estão precificando uma trajetória diferente: espera-se que um ciclo de afrouxamento monetário comece no início de 2026, com a taxa Selic podendo cair de seu patamar atual de 15% ao ano.
Esse contraste, combinado ao “recálculo de rota” dos juros americanos, oferece espaço para discutir a atratividade da renda fixa em dólar para investidores brasileiros, seja pela oportunidade de retorno em uma economia estável, ou visando a diversificação de suas carteiras de investimentos.
Com esse cenário em mente, o texto irá explorar quais são as vantagens e desvantagens de investir na renda fixa nos EUA. A pergunta que fica é: vale a pena investir neste momento?
O que esperar da renda fixa nos EUA pelos próximos meses?
Com o novo corte de juros anunciado no dia 29, a taxa básica norte-americana agora encontra-se no intervalo entre 4% e 3,75%, um nível que ainda é considerado elevado para os padrões dessa economia, e que, portanto, se torna atrativo para retornos na renda fixa.
Historicamente, cortes nas taxas de juros tendem a resultar em retornos menores para novos títulos que venham a ser emitidos, pois acabam sendo oferecidos a taxas inferiores.
Se a taxa for mantida dentro desse mesmo intervalo na próxima reunião do Fed, isso pode nos indicar um cenário em que a atratividade permanece na renda fixa.
Entre as opções disponíveis nos Estados Unidos, destacam-se:
- Treasury bonds e notes: equivalentes ao Tesouro Direto, esses são títulos públicos que proporcionam retornos pré-fixados com pagamento de cupons semestrais ou que estão atrelados à inflação;
 - Títulos corporativos “investment grade”: semelhantes às debêntures brasileiras, estes títulos de dívida são emitidos por grandes empresas de alta qualidade, como Apple e Microsoft.
 
No entanto, é importante ressaltar que os Estados Unidos ainda enfrentam um cenário econômico delicado, visto que a guerra comercial iniciada por Donald Trump contra certos países parceiros continua sem resolução, o que pode exercer uma pressão inflacionária adicional e, consequentemente, influenciar as decisões do Fed.
O que considerar antes de investir na renda fixa norte-americana?
Ainda assim, a renda fixa nos Estados Unidos pode oferecer algumas vantagens que são relevantes mesmo diante da situação econômica atual:
- Exposição a títulos de referência global;
 - Investimento na moeda dólar, que é considerada forte e estratégica para a proteção de patrimônio;
 - Menor risco de crédito em comparação com a renda fixa brasileira.
 
Para alguns investidores, essa escolha pode ser a oportunidade que sua carteira de investimentos estava necessitando. Contudo, para outros, pode não representar uma movimentação tão vantajosa.
Um fator a ser considerado é a variação cambial: conforme o prazo dos investimentos, o investidor deve avaliar o impacto do câmbio ao converter seus ganhos para o real brasileiro.
A seleção dos ativos deve ser feita com atenção. Avaliar aspectos como prazos, indexadores e emissores é essencial para evitar erros, sempre considerando seu patrimônio, perfil de investidor e os objetivos de médio e longo prazo.
Reconhecemos que essa tarefa não é simples ou intuitiva para todos os investidores. Pensando nisso, a EQI Research se propõe a auxiliar nesse processo.
A EQI Research está disponibilizando, como cortesia, o Comparador de Renda Fixa Brasil x EUA – uma ferramenta projetada para identificar as oportunidades disponíveis no Brasil e nos EUA que mais se adequam a cada perfil de investidor.
Com o uso do comparador, você poderá:
- Comparar rentabilidades entre os mercados brasileiro e norte-americano;
 - Ajustar valores e taxas para simular diferentes cenários;
 - Identificar as oportunidades mais vantajosas para o seu investimento.
 
O acesso à ferramenta é simples: basta se inscrever clicando aqui, ou no botão ao final do artigo, e seguir o passo a passo que será apresentado na tela.
É importante destacar que o acesso é gratuito, mas pode ser extremamente valioso para o futuro do seu patrimônio.
Fonte: www.moneytimes.com.br
