Desempenho do Ibovespa Futuro
O Ibovespa futuro, referente ao mês de dezembro, identificado como WINZ25, apresentou uma leve alta de 0,10%, alcançando o patamar de 153.065 pontos nesta terça-feira, dia 4.
A análise técnica realizada pelo BTG Pactual indicou que o movimento de compra permanece bem definido no curto prazo. As próximas zonas de resistência projetadas são 153.420 e 155.585 pontos. As médias móveis de 21 e 50 períodos no gráfico de 60 minutos atuam como suportes dinâmicos nos níveis de 152.240 e 151.400, respectivamente.
Movimento do Dólar Futuro
O dólar futuro registrou um aumento de 0,90%, sendo negociado a R$ 5,4430. Esse movimento resultou na superação da resistência de alta anteriormente situada em R$ 5,430.
De acordo com a análise do BTG, essa ruptura é vista como um fator crucial para determinar o próximo movimento direcional da moeda. A tendência agora aponta para uma maior probabilidade de valorização.
Dólar Futuro e o Mercado Externo
O desempenho do dólar futuro também se alinhou ao DXY, que é o índice que avalia a performance da moeda norte-americana em comparação a uma cesta de seis moedas significativas, como o euro e a libra esterlina. Por volta das 17h, o DXY subiu 0,35%, alcançando 100,225 pontos.
Nos Estados Unidos, as declarações mais “hawkish” de membros do Federal Reserve sobre a trajetória de juros influenciaram o mercado de câmbio. Os presidentes de instituições financeiras de destaque, como Morgan Stanley e Goldman Sachs, expressaram preocupações sobre uma possível correção no mercado de ações, destacando as avaliações extremamente altas, o que aumentou a aversão ao risco entre os investidores. Como resposta, muitos buscaram a segurança do dólar.
Além disso, os Estados Unidos mantêm uma paralisação governamental que já dura 35 dias, se tornando a mais longa da história, o que não contribui para a redução dos yields dos treasuries.
Ibovespa Futuro e Contexto Econômico
O Ibovespa futuro alcançou o maior nível nominal registrado na história, impulsionado principalmente pelas ações de grandes empresas, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), além do setor financeiro, que contribuíram para a sustentação do movimento de alta.
No mercado interno, o Ibovespa ficou em compasso de espera antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada na quarta-feira, dia 5. A expectativa predominante entre os analistas é de que a taxa Selic se mantenha em 15% ao ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou pela manhã que, mesmo diante das pressões sobre o Banco Central para não diminuir a taxa de juros, a redução se faz necessária. Segundo ele, se estivesse no comando do Banco Central, já teria promovido um corte, considerando a melhoria das expectativas econômicas e a situação atual da inflação.
Questões Fiscais no Radar do Mercado
As questões fiscais foram novamente assunto no contexto do Ibovespa futuro. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado decidiu adiar a votação de propostas que visam aumentar a tributação sobre apostas online (bets) e fintechs. Além disso, foi adiada a discussão sobre uma proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil, bem como a concessão de desconto parcial a rendimentos de até R$ 7.350 mensais.
Fonte: www.moneytimes.com.br
