IBGE: Desemprego no Brasil reduz para 5,8% no segundo trimestre de 2025

IBGE: Desemprego no Brasil reduz para 5,8% no segundo trimestre de 2025

by Ricardo Almeida
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Mercado de Trabalho: Dados do Segundo Trimestre de 2025

O mercado de trabalho brasileiro apresentou indicadores positivos no segundo trimestre de 2025, com a taxa de desocupação caindo para 5,8%. Esse valor representa o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012. O recuo da desocupação foi observado em 18 das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras nove mantiveram a estabilidade.

Desigualdade nas Taxas de Desemprego entre Estados

Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e o Distrito Federal (8,7%) destacam-se entre os estados com as maiores taxas de desocupação. Por outro lado, Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) apresentaram os índices mais baixos.

Desemprego por Gênero e Raça

Ao analisar a desocupação por gênero, 4,8% dos homens estavam desempregados, enquanto 6,9% das mulheres enfrentavam essa situação. Em relação a cor ou raça, os índices foram diferenciados: os brancos apresentaram uma taxa de 4,8%, os pretos 7,0% e os pardos 6,4%. O nível de escolaridade também se refletiu nos dados de desemprego; pessoas com ensino médio incompleto registraram uma taxa de 9,4%, enquanto aqueles com ensino superior completo tiveram uma taxa significativamente menor, de apenas 3,2%.

Taxa de Subutilização da Força de Trabalho

A taxa composta de subutilização, que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial, atingiu 14,4%. O Piauí liderou o ranking com 30,2% de subutilização, seguido por Bahia (27,0%) e Sergipe (26,0%). Em contrapartida, Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6,8%) e Espírito Santo (7,1%) apresentaram as menores taxas.

Trabalhadores por Conta Própria e Informalidade

O percentual de trabalhadores por conta própria ficou em 25,2% em nível nacional. Rondônia se destacou com 35,3%, sendo o estado com a maior taxa, enquanto o Distrito Federal apresentou o menor percentual, com 18,6%. No setor privado, 74,2% dos empregados possuíam carteira assinada. Aqui, Santa Catarina figurou novamente no topo, com 87,4%, enquanto o Maranhão ficou na última colocação, com 53,1%.

A taxa de informalidade atingiu 37,8% no Brasil, com os mais altos índices observados no Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%). Em contrapartida, os estados que registraram as menores taxas foram Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).

Rendimento Real e Busca por Emprego

O rendimento real médio mensal subiu para R$ 3.477, um aumento em relação ao trimestre anterior, que registrou R$ 3.440, e também superior ao mesmo período de 2024, que foi de R$ 3.367. A região Sudeste foi a única a apresentar uma alta estatisticamente significativa no trimestre, alcançando R$ 3.914. Além disso, a massa de rendimento real habitual totalizou R$ 351,2 bilhões, em crescimento.

O número de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais caiu para 1,3 milhão, o que representa o menor nível para um segundo trimestre desde 2014. A taxa de desalentados foi de 2,5%, com o Maranhão apresentando a maior taxa, de 9,3%, e Santa Catarina figurando com a menor, de 0,3%.

Impactos Esperados no Mercado

O avanço da ocupação e a melhora no rendimento real tendem a estimular o consumo interno, beneficiando setores como varejo, serviços e bens duráveis listados na B3. O aumento da renda média pode criar expectativas positivas para ativos relacionados ao setor de crédito, como ações de bancos, e também para fundos imobiliários focados em shopping centers. Paralelamente, a queda do desemprego pode indicar uma expectativa de menor afrouxamento monetário, influenciando os contratos futuros de juros.

Relevância no Cenário Atual

Esses dados consolidam um quadro de resiliência no mercado de trabalho, que se mantém como um dos pilares da economia em 2025. Um desempenho sólido nesse setor ajuda a mitigar riscos de deterioração no consumo interno, assim como reforça projeções mais otimistas para o PIB e a geração de caixa das empresas listadas na bolsa de valores.

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