Prio (PRIO3) Lidera Perdas no Ibovespa Após Interdição do FPSO Peregrino

Prio (PRIO3) lidera perdas no Ibovespa após a ANP interditar o FPSO Peregrino; paralisação pode gerar impacto econômico de até US$ 30 milhões por semana. (Imagem: Divulgação/Prio)
As ações da Prio (PRIO3) encerram em queda significativa no Ibovespa mais uma vez, refletindo a decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de interditar o FPSO Peregrino. Às 11h15, os papéis da Prio apresentavam uma desvalorização de 6,21%
Impactos da Decisão da ANP
A interdição do FPSO Peregrino foi uma surpresa para o mercado, segundo análises realizadas por Regis Cardoso e João Rodrigues, da XP Investimentos. O impressionante é que a situação ainda carece de detalhes sobre a extensão da interdição e os possíveis impactos nas operações da Prio. Tais incertezas em relação à continuidade da produção podem gerar preocupações financeiras para a empresa e seus parceiros.
Na análise preliminar de sensibilidade, os analistas destacam a relevância de fatores como:
- A extensão da produção afetada;
- A exposição econômica da Prio;
- A duração da paralisação.
Os especialistas ressaltaram que, no pior cenário, onde houve uma paralisação total do FPSO e a Prio tivesse uma participação operacional de 100%, o impacto econômico pode chegar a aproximadamente US$ 30 milhões por semana, que representa cerca de 0,5% do valor de mercado da empresa.
Entenda a Paralisação do FPSO Peregrino
Na manhã do dia 18 de setembro, a Prio comunicou ao mercado que a ANP ordenou a interdição do FPSO Peregrino, que é operado pela Equinor. Esta decisão ocorre devido a pendências na documentação de segurança e análise de risco, além da necessidade de melhorias no sistema de dilúvio.
A consequência imediata dessa medida é a suspensão temporária da produção no campo, que detém reservas de 202 milhões de barris e uma produção diária estimada de cerca de 100 mil barris. A paralisação deve ter um impacto significativo no fluxo de caixa da Prio, que possui 40% do ativo, enquanto a Equinor detém os 60% restantes.
A Equinor está realizando reparos no FPSO e estima que a conclusão desses trabalhos ocorrerá entre três e seis semanas, segundo informações divulgadas pela Prio.
Impactos Financeiros da Interdição
Atualmente, a participação da Prio no Peregrino gera aproximadamente US$ 40 milhões por mês, com uma produção total que gira em torno de 90 mil barris diários. Levando em consideração o prazo estimado para a retomada das atividades, a Prio enfrenta um impacto potencial que varia entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões, se a paralisação se estender.
Recentemente, a Prio adquiriu a participação da Equinor no FPSO Peregrino pelo valor de US$ 3,35 bilhões. Este valor será ajustado até o fechamento do negócio, que é esperado para ocorrer no início do próximo ano, dependendo da geração de caixa até a conclusão da transação.
Expectativas para o Futuro
Com a interdição do FPSO Peregrino gerando une incerteza significativa, investidores e analistas aguardam informações adicionais sobre o progresso dos reparos e a duração da paralisação. O funcionamento do FPSO é crucial não apenas para a Prio, mas também para a continuidade das operações da Equinor e para todo o ecossistema de fornecedores e parceiros envolvidos.
Por enquanto, os indicadores de mercado mostram um sentimento de cautela. A queda das ações da Prio no Ibovespa pode ser um reflexo das preocupações dos investidores em relação ao impacto financeiro a curto e médio prazo, bem como à habilidade da empresa em se recuperar após a recuperação do FPSO.
Concluindo
Em resumo, a interdição do FPSO Peregrino pela ANP desencadeou uma série de reações no mercado, com a Prio liderando as perdas. A situação continua evoluindo e gerando incertezas, portanto, a análise do impacto econômico e os próximos passos da empresa se tornam essenciais para entender o rumo das ações da Prio e a saúde financeira da companhia.