Banco do Brasil afirma estar pronto para enfrentar Magnitsky

Cinco bancos têm uma queda de R$ 41,98 bilhões em valor de mercado, revela análise – Times Brasil.

by Ricardo Almeida
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Perdas no Mercado Bancário

Cinco das maiores instituições bancárias brasileiras registraram, nesta terça-feira (19), perdas que, somadas, chegam a R$ 41,98 bilhões em valor de mercado, segundo dados do especialista Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria. Os bancos envolvidos são: Itaú Unibanco, BTG Pactual, Bradesco, Banco do Brasil e Santander Brasil. O montante se aproxima do valor da Caixa Seguradora, avaliada em R$ 40,74 bilhões.

Durante o pregão desta terça-feira, todas as empresas listadas na B3 sofreram uma perda conjunta de R$ 88,44 bilhões, equivalente ao valor de mercado da JBS, atualmente em R$ 87,92 bilhões.

Variação Diária dos Bancos

Os dados mostram a variação diária de cada banco, em comparação com o pregão anterior:

  • Itaú Unibanco: – 14,71 bilhões
  • BTG Pactual: – 11,42 bilhões
  • Banco do Brasil: – 7,25 bilhões
  • Bradesco: – 5,40 bilhões
  • Santander: – 3,20 bilhões

Análise da Queda no Mercado

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, avaliou a queda no mercado, atribuindo a variação às incertezas econômicas geradas pelas políticas monetárias do presidente americano, Donald Trump.

O maior impacto no setor bancário decorre da possibilidade de esses bancos, que operam nos EUA, sofrerem sanções do governo americano, especialmente devido a relações financeiras com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que foi afetado pela Lei Magnitsky.

“Eventualmente, o sistema financeiro vai ter que tomar uma decisão muito complicada entre garantir a sua sobrevivência no exterior como instituição financeira e lidar com esse cenário de aplicação da lei aqui no Brasil”, afirmou.

Movimentações do Mercado Financeiro

O mercado financeiro brasileiro também sentiu os efeitos da tensão entre Brasil e EUA, registrando forte instabilidade nesta terça-feira. O Ibovespa B3 encerrou o pregão em queda acentuada, acompanhando o movimento negativo das ações dos bancos e da Raízen.

O principal índice da B3 recuou 2,10%, perdendo 2.889 pontos, e fechou aos 134.432 pontos. As ações da Raízen PN sofreram um recuo de 10,43%, sendo negociadas a R$ 1,03, liderando as perdas do dia. As ações da Petrobras PN caíram 1,19%, cotadas a R$ 30,00.

O dólar também subiu, alcançando o nível de R$ 5,50. Com máxima de R$ 5,5059, encerrou o pregão em alta de 1,22%, a R$ 5,5009, o maior valor de fechamento desde o último dia 5.

Com relação à alta da moeda norte-americana, que está muito além da tendência global, Sergio Vale apontou que isso se deve a uma “percepção de risco específica do Brasil”.

“Entramos em um cenário de muita incerteza e, ao olharmos para o futuro, dado que não sabemos exatamente onde isso vai parar, a situação acaba escalonando, resultando em uma reação negativa da bolsa e do câmbio”, explicou.

Embora considere a situação econômica atual preocupante, ele afirmou que não estamos em um cenário “desastroso”. “A dificuldade é que não vemos uma luz no fim do túnel para isso. E isso gera insegurança, pois a solução não parece próxima no curto prazo”, concluiu.

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