Confira o destino do Kichute, a icônica mistura de tênis com chuteira que marcou gerações no Brasil.

Confira o destino do Kichute, a icônica mistura de tênis com chuteira que marcou gerações no Brasil.

by Beatriz Fontes
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Histórico do Kichute

O Kichute, modelo icônico da Alpargatas, conquistou milhões de brasileiros nas décadas de 1970 e 1980, sendo reconhecido pelo seu design simples e robusto. Uma mistura de tênis e chuteira, o calçado se tornou um símbolo da infância e da paixão pelo futebol no Brasil entre os anos 1970 e a década de 1990.

Lançado em julho de 1970, durante a celebração do tricampeonato do Brasil na Copa do Mundo realizada no México, o Kichute rapidamente se destacou nas vendas. Com lona resistente, solado de borracha cravejado e um visual despretensioso, conseguiu atrair o público, apesar das críticas sobre odor e estética. A forte campanha publicitária, que teve o jogador Zico como garoto-propaganda, alavancou ainda mais as vendas, resultando na comercialização de mais de 9 milhões de pares em 1978, um número que correspondia a cerca de 10% da população brasileira da época.

No entanto, o mercado começou a mudar com a abertura econômica do Brasil na década de 1990 e a entrada de marcas estrangeiras. Modelos mais modernos, coloridos e tecnológicos passaram a ser preferidos pelos consumidores, levando à perda de relevância do Kichute. Em 1996, a Alpargatas decidiu suspender sua produção para direcionar esforços a outras marcas, como Havaianas e Topper, concentrando-se em novos nichos de mercado.

Atualmente, o Kichute é lembrado como um clássico que representa uma era do esporte e do estilo de vida brasileiros, embora não tenha resistido aos desafios da indústria de calçados global. Aqueles que vivenciaram esse período guardam memórias afetivas ligadas a esse tênis, que, apesar do seu fim, permanece como parte da história do mercado nacional.

O quase retorno do Kichute ao mercado

Em 2005, após adquirir os direitos da marca junto à Alpargatas, a Vulcabras tentou relançar o clássico Kichute, com o intuito de explorar a nostalgia dos consumidores. Contudo, o resultado não foi o esperado.

A marca enfrentou uma concorrência severa em um mercado dominado por empresas que ofereciam maior diversidade de produtos, com tecnologia aprimorada e qualidade superior.

Mais recentemente, em 2022, o Grupo Alexandria anunciou planos para atualizar o Kichute, reposicionando-o como uma marca 100% digital, sem presença em lojas físicas. Até o momento, porém, não há informações sobre a concretização desse plano. O Money Times buscou contato com a empresa para obter mais detalhes, mas não recebeu resposta.

De opção popular a item vintage valorizado

Apesar das tentativas frustradas de reintroduzir a marca em larga escala, ainda é possível encontrar exemplares do Kichute à venda, agora voltados ao público colecionador.

O tênis, que se tornou popular por seu preço acessível, é atualmente comercializado em plataformas de e-commerce como um artigo vintage, com preços que variam entre R$ 228 e R$ 381.

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