Posicionamento do Governo Brasileiro em Relação às Tarifa dos EUA
Durante uma missão oficial no México, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, fez comentários nesta quinta-feira (28) sobre a decisão do governo brasileiro de acionar a Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos. Essa decisão é uma resposta à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Aprovação e Processo da Medida
Alckmin explicou que a medida foi aprovada quase por unanimidade pelo Congresso Nacional. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) terá um prazo de 30 dias para formar um grupo de trabalho que avaliará se a denúncia contra os EUA será aceita.
O vice-presidente declarou: “O Brasil não abre mão da sua soberania. No Estado democrático, os poderes são separados, mas de outro lado, nossa disposição é pelo diálogo e pela negociação.” Ele expressou a expectativa de que o processo “ajude a acelerar as conversas e a construção de uma saída negociada”.
Referências a Exemplos Internacionais
Alckmin mencionou o exemplo da China, que, em disputas comerciais similares, conseguiu trazer os EUA à mesa de negociações. “Não estamos nos valendo de outros exemplos, mas essa é a disposição que o Brasil sempre teve”, afirmou.
Relações Diplomáticas e Complementariedade Econômica
O vice-presidente destacou os 201 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, bem como a complementariedade econômica existente entre os dois países. Ele exemplificou a relação mencionando que o Brasil é o terceiro maior comprador de carvão siderúrgico dos EUA, ressaltando que a produção de aço norte-americana abastece setores como automóveis, aviação e maquinário. “É uma integração que beneficia toda a sociedade, com produtos mais baratos e competitivos”, concluiu.
Reuniões com Autoridades Norte-Americanas
Quando questionado sobre a possibilidade de reuniões com autoridades norte-americanas, Alckmin respondeu que, até o momento, não há encontros agendados, mas que informará caso surjam confirmações.
