Reunião entre Lula e Trump na ONU
VEJA Mercado | 24 de setembro de 2025.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre sua relação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando: “Ele gostou de mim e eu gostei dele”. Trump elogiou Lula durante a abertura da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, descrevendo-o como “um homem muito agradável” e mencionando que havia uma “química excelente” entre eles. Além disso, Trump anunciou uma reunião com Lula para a semana seguinte, ressaltando a importância de que o Brasil avance em conjunto com os Estados Unidos para alcançar o sucesso.
Críticas e Defesas
Antes da abordagem amigável de Trump, o presidente Lula fez um discurso, no qual criticou a política comercial dos Estados Unidos e defendeu a importância do multilateralismo. Na semana passada, o Brasil também tomou uma medida simbólica ao excluir os representantes americanos de uma agenda na ONU que tratava da defesa da democracia. O Itamaraty informou que a reunião entre Lula e Trump deve se dar de forma virtual, destacando que este é apenas o início de um longo processo. No entanto, o presidente Trump observou que é prematuro discutir a revisão de tarifas ou a retirada de sanções contra cidadãos brasileiros, uma vez que ele ressaltou, em seu discurso, que o Brasil não respeita a liberdade de expressão.
Impactos no Mercado Financeiro
O anúncio da reunião entre os dois presidentes gerou otimismo entre empresários e investidores, uma vez que as negociações estavam paralisadas por cerca de cinco meses após o anúncio da nova política comercial americana. Esse cenário contribuiu para a euforia na bolsa de valores brasileira, resultando em um novo recorde nominal do Ibovespa, que superou os 147 mil pontos pela primeira vez em sua história. Por outro lado, a moeda americana, o dólar comercial, foi negociada a 5,27 reais.
Efeitos Colaterais e Preocupações Econômicas
Apesar do otimismo, surgiram também preocupações. A ata da última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) não indicou espaço para cortes nas taxas de juros ainda em 2025, e os números de arrecadação de impostos ficaram abaixo das expectativas. Esses fatores representam um sinal claro de alerta para uma possível desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e levantam dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais para o ano de 2025.
Entrevista com Especialistas
Diego Gimenes realiza uma entrevista com Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. A conversa conta também com a participação de Carlos Gustavo Poggio, professor e consultor de Relações Internacionais. O programa VEJA Mercado é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, a partir das 10h, no YouTube e nas redes sociais.
Fonte: veja.abril.com.br